Resenha do filme “Prometheus”

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Em Prometheus, a ficção rasga as evidências científicas mais uma vez, para cumprir sua missão de entreter e aterrorizar, no prelúdio de Alien – O Oitavo Passageiro.  Na trama, Ridley Scott conta a história de uma expedição científica espacial que busca “ os criadores da vida”.

Para criar o mote do roteiro, Scott homenageia declaradamente o pesquisador doido alemão Erich von Däniken, autor do livro “Eram os Deuses Astronautas?”, onde ele afirma que pinturas rupestres pré-históricas em cavernas com desenhos de criaturas gigantes são provas de que alienígenas estiveram na Terra e que eles possivelmente nos criaram – é exatamente isto que os cientistas Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Long Marshall-Green) descobrem no filme.

A novidade motiva Meredith VIckers (Charlize Theron), das indústrias Weyland, à financiar uma missão científica ao planeta dos “engenheiros” (como eles chamam esses alienígenas”, na nave da empresa de seu pai, Peter, que supostamente já teria morrido (ou não?).

Toda tripulação está ali apenas pelo dinheiro – só os dois cientistas protagonistas estão na empreitada apenas pelo conhecimento e uma tensão sexual permeia o ar, como quando o piloto a  nave pergunta se Meredith, a fria loira, é um robô. Ela sente-se provocada e intima-o a encontrá-la no seu quarto. Já o robô David  (Michael Fassbender) vive o conflito de ter sido criado pelos humanos e não ter emoções, o que rende diálogos interessantes com os outros personagens.

 

A parceria entre Scott e o suíço H.R. Giger, criador do desenho do alien original, funciona novamente, com a criação de cobras falidas e o “engenheiro”, retratado com características bastante humanas.

O filme não tem a Ellen Ripley do Alien original, mas Shaw cumpre bem o papel de “vítima que fica grávida de um extraterrestre” – a maneira como isto ocorre é fruto de uma grande conspiração, cujos motivos não ficam claros no filme. A cena do parto é impressionante, realizada em uma máquina futurista de operações cirúrgicas.

A trilha sonora de Marc Streintenfield se encaixa muito bem à película, com a música-tema sempre tocando com variações nos momentos cruciais.

Mesmo com equívocos que fariam Charles Darwin se descabelar (como os “engenheiros” possuem código genético igual ao do ser humano?), “Prometheus” empolga na ação e nas cenas de ficção-científica de terror. Algumas pontas na trama ficam soltas, o que não é de se espantar em um filme onde  Damon Lindelof, produtor de Lost, está no roteiro. Isto não compromete, mas algumas coisas poderiam ser melhor explicadas. O final da história deixa brecha para uma continuação, com mais coisas à serem esclarecidas antes do Alien original, de 1979.

 

Considerando tudo isto, a película merece nota 7 e vale o ingresso.

Trailer:

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