Todo crescimento, todo amadurecimento é precedido de uma crise. É possível dizer que o homem progride por meio de sucessivas crises. O termo crise, vem do grego “crino”, que quer dizer separar, distinguir, dividir. Portanto, pode significar um ponto de separação, de mudança de direção.
O momento de separação de valores ou de pessoas a que se está preso é difícil e doloroso, mas é extremamente necessário para que o ser humano encontre sua própria individualidade, o seu eu e se desenvolva, busque uma evolução pessoal.
A crise é a manifestação mais ou menos intensa de um conflito interno entre duas tendências: a do passado e a do futuro. É a apresentação de alguma coisa nova, de uma ocasião de progresso, de amadurecimento, que não é possível reconhecer ou constatar de imediato.
Isso acontece porque existe no ser humano duas tendências opostas: a da adaptação (aceitação) e a da evolução (avanço). Todo impulso para o amadurecimento e crescimento vem perturbar o ponto de equilíbrio e cria um conflito entre a força evolutiva e a tendência à estabilidade.
Esse períodos de mudança é portanto normal, já que todos passam por estas fases algumas vezes na vida, que varia de duração e intensidade de um indivíduo para outro. A crise em si é benéfica, pois indica amadurecimento e progresso.
À medida que as mudanças acontecem é inevitável que o indivíduo enfrente conflitos e incoerências entre as diversas possibilidades de escolha que tem pela frente, bem como se sinta inseguro para tomar decisões.
As soluções negativas para esses conflitos podem deixar o indivíduo com um sentimento comum de alienação, estranhamento ou distanciamento: dos familiares, amigos e sociedade em geral.
O importante neste período é manter a calma, refletir e buscar a segurança necessária, em si próprio e nas pessoas mais próximas, em quem se confia. Procurar estabelecer novas metas e objetivos e/ou rever as antigas e procurar manter-se otimista. Lembrando sempre que esta fase é passageira, caso sinta que está demorando de mais a passar, procurar investigar mais a fundo o que está acontecendo.
Flávia de Oliveira