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Cada vez mais se fala em “talentos humanos”, em vez de “recursos humanos”. As áreas de Treinamento e Desenvolvimento necessitam muito mais do que simplesmente treinar, precisam despertar o potencial das pessoas, desenvolver seus talentos de modo que elas sejam capazes de viver felizes e trazer suas contribuições mesmo com as transformações cada vez mais rápidas do mundo em que vivemos.
Fala-se muito em flexibilidade comportamental, pró-atividade, relacionamento interpessoal, inteligência emocional, ética e valores etc. Estas são as bases sobre as quais o ser humano do século vinte e um constrói a sua vida profissional.
Neste contexto o desafio é conseguir trabalhar processos que possibilitem reforçar essas características e/ou desenvolve-las de forma a torná-las ferramentas de trabalho, úteis e produtivas ao trabalho da equipe. Tarefa nada hábil e tão pouco fácil de se conseguir.
Para tanto, alguns recursos são interessantes para atingir esses objetivos, dentre eles o treinamento comportamental que propõe em principio, a experiência de entender ou justificar o que acontece dentro de nós e nosso impacto sobre o coletivo, o que inevitavelmente levará a uma grande surpresa e, a partir daí, a uma melhor compreensão do outro.
Porém todos nós já nos propusemos a adotar novos comportamentos e nos surpreendemos repetindo comportamentos que não queríamos mais. Trabalhar com comportamento requer compaixão, respeito e o entendimento de que incorporar novas atitudes implica ser capaz de abrir mão de significados anteriores.
Todos agem de acordo com sua natureza e têm seus motivos para atuar de determinada forma, assim transformar um comportamento implica conter novos impulsos, romper com nossos confortos e, principalmente, correr riscos.
É difícil transformar comportamentos porque temos de sair do nosso comodismo mecânico e passar para um grande estado de vigília, sendo necessário para isso, aflorar sentimentos, descobrir que não estamos preparados, assumir enganos e agir sem ter total controle de onde o próximo passo vai nos levar.
Conforme estudos da neurociência, que estuda o funcionamento da mente, o cérebro límbico não faz distinção entre o real e o imaginário. O cérebro tem a capacidade de extrair aprendizagens de quaisquer situações e transferi-las para outra em que os mesmos elementos estejam contidos, por isso o treinamento utilizando o lúdico é tão rico em resultados, pois quando utilizamos nele determinadas habilidades e comportamentos, desenvolvemos esta capacidade para qualquer outra situação semelhante.
Flávia de Oliveira
“O jogo atua de várias maneiras no crescimento do ser humano, desenvolvendo entre outras coisas sua autopercepção, seu raciocínio e relacionamento interpessoal. Ao jogar praticamos simultaneamente movimento, sentimento, pensamento e espiritualidade.
O lúdico permite que simbolizemos nossas mais profundas emoções e possamos rever aspectos importantes de nossa personalidade que, em outras situações, dificilmente são mostrados publicamente.
Ao jogar as pessoas partem do principio de que tudo é possível, exercitando comportamentos e posturas que depois podem ser levados para o dia a dia, para a vida” (Paula Falcão – Criação e Adaptação de Jogos em T&D)
