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No dia 20 de abril comemora-se o “Dia do Disco”. Há alguns anos a data serviria apenas como forma de recordar algo que já foi muito importante, mas após idas e vindas, o disco de vinil parece ter reconquistado seu espaço entre as mídias do meio musical. Atualmente, há quem prefira o charme de uma bolacha tocando na vitrola do que o famigerado CD. Todavia, o formato inaugurado pelo vinil (compilação com várias músicas) permanece como a melhor maneira de registrar a obra de um músico.

A questão sobre qual a melhor mídia é irrelevante. Apenas lamento os downloads de músicas soltas, quando é possível fazê-los de discos completos. Assim como as coletâneas, acho que reunir hits de um mesmo artista anacronicamente é apenas um caminho para o prazer imediato (Eis um comentário redundante, já que vivemos o tempo do agora)!

Ter acesso à criações e ideias sintetizadas em um conjunto de músicas, para mim, é a grande vantagem do disco. Seja no vinil, CD, no IPod ou celular, o que me encanta é sempre olhar para a obra como um todo, observar o período em que foi gravada, as opções artísticas e as influências do autor.

Pensei em fazer uma lista com os melhores discos que já ouvi. Mas acho que não seria definitivo, pois a cada semana há novos e velhos discos que me fazem lamentar por não ter escutado antes, e também sei que essa lista é infinita e mutante. Mas mesmo assim, vou listar cinco e citar “alguns”, como um exercício para me arrepender daqui a pouco…

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)– The Beatles

Oitavo álbum lançado pe­los Beatles e considerado o mais influente da história da mú­si­ca. Com arranjos e técnicas de gravação inovadores, fez com que os álbuns passassem a ser o principal formato da produção musical. Entre as principais canções estão: “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, “A Little Help From My Friends”,” Lucy In The Sky With Diamonds”, “Getting Better” e “A Day In The Life”.

Pet Sounds (1966) – Beatch Boys

Décimo primeiro álbum da banda americana é considerado um dos discos mais influentes da música pop, por suas harmonias vocais elaboradas e efeitos de som e instrumentos pouco convencionais. Entre as principais canções estão: “Wouldn’t It Be Nice”, “ I’m Waiting for the Day”, “God only knows” e “Here Today”.

https://www.youtube.com/watch?v=9QwS9lInUA4

Tropicália ou Panis et Circensis (1968)- Caetano Veloso/Gilberto Gil/Gal Costa/Tom Zé/Os Mutantes

O álbum é um registro musical do movimento Tropicalista, liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, com participação de artistas como Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé, Capinam, Torquato Neto e Rogério Duprat. Especialistas dizem que as canções do álbum apresentam uma visão do Brasil daquele momento, em termos de arte, cotidiano e perspectivas. Entre as principais canções estão: “Miserere Nóbis”, “Coração Materno”, “Panis et Circencis”, “Baby” e “Bat Macumba”.

A Tábua de Esmeralda (1974) – Jorge Ben

Considerado um dos melhores discos da história da Música Popular Brasileira, marcou uma nova fase na carreira de Jorge Ben. Se a sonoridade mantinha as marcas registradas do artista, com sua mistura de samba, rock e funk, as letras apareciam em longos versos, com temas que iam de astronautas à alquimistas. Entre as principais canções estão: “Os Alquimistas Estão Chegando”, “Minha Teimosia, Uma Arma Pra Te Conquistar”, “Menina Mulher da Pele Preta”, “O Homem da Gravata Florida” e “Cinco Minutos”.

Carta Musicada (1994) – Fundo de Quintal

Coloquei este disco por pura memória afetiva. Gravado num período em que o samba e o pagode dominavam o mercado brasileiro, considero este disco o melhor da época. O grupo Fundo de Quintal foi o pioneiro, no final dos anos 1970, de um gênero que se popularizou no Brasil. Entre as principais canções estão: “Vai lá, Vai lá”, “Nosso Fogo”, “O Nó da Gravata”, “A Voz do Brasil”, “Palavra de Rei” e “Frasco Pequeno”.

Além dos cinco citados, faço menções honrosas para: Open/Close do Fela Kuti, As Flores do Jardim da Nossa Casa do Roberto Carlos, Nós Vamos Invadir sua Praia do Ultraje a Rigor, Cabeça Dinossauro do Titãs, Ao Vivo em Tatuí do Renato Teixeira e Pena Branca & Xavantinho, Estudando o Pagode do Tom Zé, Pet Shop Mundo Cão do Zeca Baleiro, Labiata do Lenine, Ventura do Los Hermanos, Tudo Novo de Novo do Paulinho Moska, Amar La Trama do Jorge Drexler, Logo do Kevin Johansen, Coisas do Moacir Santos, Time Out do Dave Brubeck, The Composer of Desafinado do Tom Jobim, Da Lama ao Caos do Chico Science & Nação Zumbi, O Papa é Pop do Engenheiros do Hawai, Coisa de Acender do Djavan, Clube da Esquina do Milton Nascimento, Acabou Chorare dos Novos Baianos e o disco homônimo do Secos & Molhados.

Obviamente, não lembrei vários…

email: [email protected]

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