Toda a Felicidade do Mundo

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TODA A FELICIDADE DO MUNDO

Você é feliz? Se sim, o que o faria ainda mais feliz? Se não, o que permitiria a você desfrutar deste estado de felicidade? Para responder a estas perguntas cada pessoa tem sua própria lista de desejos, que vai de trocar de carro e terminar projetos profissionais, até apaixonar-se ou ter filhos.

Qualquer que seja a escolha, inúmeras pesquisas revelam que nada disso tem grande chance de aumentar a felicidade de forma significativa. Nem mesmo o dinheiro ou a melhora da condição econômica vai tornar por si só alguém mais feliz. O campo da “psicologia positiva” estuda a natureza do que torna os humanos felizes e vem chegando a algumas conclusões surpreendentes. Há um conjunto cada vez maior de evidências de que a felicidade não pode ser alcançada com trabalho duro ou sorte.

As pessoas mais felizes parecem ser justamente aquelas comprometidas de forma integral com o tempo presente, ao invés de focadas apenas em objetivos futuros. O nosso passado biológico pode responder às nossas probabilidades de ser feliz. Isso porque herdamos algumas características de nossos ancestrais.

Uma delas é a extraordinária capacidade de nos acostumarmos ao status quo. Temos a capacidade de adquirir novos hábitos e também de nos adaptarmos a eles e depois de um tempo sequer perceber tal mudança, tanto negativa, quanto positiva, por isso, não importa quão agradável uma experiência é no começo, tornar-se uma constante nos acostumamos a ela, e seu valor se dilui.

Também herdamos a tendência a percebermos o negativo de forma mais rápida que o positivo. Isso porque na época “das cavernas” o homem era mais sensível a mudanças negativas no ambiente pelo próprio risco e instinto de sobrevivência. E assim como eles, nossos cérebros são programados para perceber problemas. Com isso, a condição humana natural é desprezar as experiências positivas e focar as negativas.

E por último ainda, há outro aspecto da natureza humana que ajuda a evitar a satisfação, ou seja, aquela sensação de que nossa vida estaria melhor se fizéssemos ou tivéssemos isso ou aquilo. A voz da insatisfação é o que teria levado nossos antepassados a buscar um pouco mais, até chegarmos ao que o homem atingiu hoje, o problema é que queremos mais ainda.

Outra questão fundamental para esclarecer porque algumas pessoas parecem mais felizes do que outra é que, para muitos psicólogos, a felicidade está mais relacionada à personalidade do que às experiências de vida de cada um. Pois os acontecimentos vêm e vão, mas nossas características e muitos dos modos habituais de reação que formam a nossa personalidade tendem a continuar.

No que se refere aos acontecimentos, eles influenciam a maneira como nos sentimos, ao menos a curto prazo. Por isso, ganhar na loteria tem a propensão de levar o indivíduo mais apático a um ataque súbito de felicidade, ainda assim, ao habituar-se com a situação a tendência é a pessoa voltar ao seu nível basal individual de felicidade. E esse nível é variável de pessoa para pessoa.

Recentes pesquisadores descobriram uma série de traços de personalidade que parecem ser comuns a pessoas com altos níveis basais de felicidade. Pessoas que se dizem extrovertidas, amigáveis e confiantes no próprio potencial e com maior tendência a acreditar que tem o controle de sua vida e menor propensão a ansiedade e variações de humor são os que mostram-se mais felizes.

Os traços de personalidade associados à felicidade parecem ser características também relacionadas ao sucesso e a conquista pessoal. Porém, diferentemente do que prega o capitalismo, nos comerciais de TV, onde é possível comprar o bem estar emocional, não há relação em alcançar o sucesso e assim a felicidade, mas o contrário, quem é feliz tem muita probabilidade de alcançar o sucesso, como consequência e não como causa.

A saúde psíquica está diretamente ligada à capacidade de viver de forma intensa o momento presente – quando estamos envolvidos no que fazemos a nossa atenção está completa no presente e é impossível nos concentrarmos no passado ou no futuro – o que costuma reforçar a satisfação com a nossa própria vida.

O conjunto de pesquisas sobre felicidade não aponta para nenhuma resposta fácil. As raízes do bem estar psíquico e emocional são confusas, mas compreender as formas como a mente funciona nos dá a chance de fazer escolhas melhores sobre como investir nosso esforço e tempo na busca da felicidade.

Uma coisa é certa, as pesquisas de psicologia até então, reforçam e apóiam uma tese muito conhecida: a felicidade não está na chegada, mas sim na viagem…

 

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