“Lanterna Verde” merecia um filme melhor

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Alguns filmes deixam a sensação de que poderiam ter sido feitos com mais capricho. Certamente este é o caso de “Lanterna verde”, onde a direção de Martin Campbell deixa a película aquém das outras adaptações de quadrinhos que estrearam em 2011. No placar geral, os filme da Marvel estão se saindo melhor que os da DC comics neste ano.

Nos confins do universo, a Tropa dos Lanternas Verdes é uma irmandade de guerreiros, onde cada membro porta um anel que lhes concede grandes poderes. Quando o arqui-inimigo Parallax escapa e ataca Abin Sur, este vem parar na terra e fraco manda seu anel escolher outro sucessor para sua vaga de herói desta parte do universo(!). É aí que o atrapalhado Hal Jordan (Ryan Reynolds) entra na história. Ele é um piloto de caças teimoso e preocupado com seus flertes com Carol Ferris, vice-presidente da companhia aeronáutica onde eles trabalham e que “amarra” a trama. Reynolds, com pouco carisma, é canastrão em muitos momentos e parece mais um daqueles atores pagos para andarem fantasiados em parques de diversão nos Estados Unidos.

 

As cenas de treinamento de Jordan no planeta dos  Lanternas Verdes até arrancam  risadas, como quando ele está com seu amigo Tomar-Re. Também são boas as tomadas em que o protagonista começa a descobrir como usar seus poderes, como quando ele materializa uma pista de carro para salvar um helicóptero. Abra-se um parêntese aqui: os efeitos especiais são razoáveis, se comparados aos de outras produções recentes.

Os momentos em que Hector, um cientista que é exposto à energia amarela do medo e do mal de Parallax são previsíveis, com o velho clichê do “nerd rejeitado que quando sente o poder do mal, começa a se vingar de todos”. As cenas de embate entre o protagonista e seu inimigo também são fracas, assim como não impressiona quando Parallax chega à Terra, com uma representação de catástrofe que parece reutilizada. Mark Strong no papel de Sinestro tem a melhor atuação da película, mantendo a seriedade e a ambição do personagem dos quadrinhos.

 

Novamente, não saia do cinema antes do final dos créditos finais, pois há uma cena mostrando que “Lanterna Verde” ganhará continuação. O personagem tem potencial e merecia uma produção mais caprichada. A trilha sonora composta por James Newton Howard não é empolhante, sendo esquecida logo depois que o espectador sair do cinema. O compositor não conseguiu criar um tema forte para o personagem.

 

Eu daria uma “nota 6” ao filme. Ele cabe bem em uma “sessão da tarde”, mas sem dúvidas não é uma obra-prima, assim como tão pouco os efeitos em 3D fazem uma grande diferença. Se tiver com dinheiro sobrando, assista. Senão, guarde para ver “Planeta dos Macacos”.

Trailer:
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