Contra privatizações, aeroportuários anunciam greve

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O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), que representa os servidores públicos da Infraero (estatal federal que administra os aeroportos), anunciou que os trabalhadores dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (ambos em São Paulo) e Brasília decidiram cruzar os braços a partir da meia-noite desta quinta (20) e ficar parados até sexta-feira (21). A categoria é contra a privatização dos três terminais, que começarão a ser entregues à iniciativa privada até o início de 2012.

Diante da decisão dos aeroportuários de manter a paralisação, o governo divulgou na quarta-feira (19) nota na qual mantém a Mesa de Diálogo com a categoria. Os representantes dos aeroportuários se reuniram com o governo durante todo o dia, mas não houve acordo.

O governo não abre mão de manter o modelo de concessão para os aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Brasília, que garante à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) até 49% do controle dos três terminais. Os trabalhadores não aceitam esse ponto. “No decorrer dos trabalhos da Mesa de Diálogo aprimoramentos importantes foram realizadas no modelo de concessão, atendendo demandas dos trabalhadores. Entre elas, se decidiu pela manutenção da gestão estatal da navegação aérea nos três aeroportos”, destaca a nota.

O Sina afirma que a privatização dos aeroportos é um erro comparável ao abandono do sistema ferroviário a partir da década de 50 e foi decidido com base em estudos acadêmicos sem aplicação prática. O sindicato acredita que as tarifas de embarque irão subir, o que provocará o aumento das passagens e a elitização dos aeroportos.

A privatização, na avaliação do Sina, irá ainda piorar os serviços aeroportuários, o que aumentará a vulnerabilidade da segurança operacional e de voo, na medida em que os novos profissionais não tem a qualificação dos servidores da Infraero.

A proposta dos sindicalistas ante a privatização é explorar comercialmente os espaços dos aeroportos, transformando-os em algo semelhante a shoppings centers. O argumento é que, nos últimos oito anos, o número de passageiros aumentou em mais de 110%, mas não houve aproveitamento das possibilidades comerciais, que poderiam gerar lucros à Infraero superiores ao que será pago pela iniciativa privada.

UOL.

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