Cuidado:Brasileiras com silicone questionado devem retirar prótese

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Mulheres brasileiras que tenham próteses da marca francesa PIP precisam marcar rapidamente a cirurgia para retirar o implante, alerta o cirurgião plástico Marcelo Moreira, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Os implantes produzidos pela Poly Implante Prothese são suspeitos de ter uma taxa de ruptura mais alta que o normal e serem preenchidos por um gel cancerígeno. Pelo menos oito casos de câncer de mama foram detectados em pacientes que usaram os implantes da companhia, mas ainda não há comprovação científica de que o silicone teria causado o tumor. A empresa faliu em 2010.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a importação dos implantes da PIP em abril de 2010, após alerta do governo francês. Mas, segundo a agência, antes da proibição, pelo menos 25 mil brasileiras colocaram produtos da marca.

O governo francês determinou a troca imediata das próteses das 30 mil mulheres francesas que usam implantes da PIP. A cirurgia vai ser paga pelo governo. Quem não quiser fazer a troca, terá acompanhamento médico gratuito, com mamografias periódicas.

Segundo Moreira, a PIP era uma prótese bem mais barata que a média do mercado. Enquanto o preço de uma prótese gira em torno de R$ 1.800, as da PIP custavam cerca de R$ 1.000. A qualidade do material também era, segundo ele, “visivelmente pior”.

“Eu nunca usei essa marca porque só de pegar na mão você via que era mais frágil”, afirma Moreira. Normalmente, as próteses têm três camadas de silicone texturizado para proteger o gel que fica dentro de escapar para o organismo. No caso da PIP, era apenas uma camada.

 

Marcelo Moreira recomenda que as pacientes que querem passar por uma cirurgia plástica pesquisem bem e procurem profissionais e materiais de maior qualidade. “Foi um barato que saiu caro. Cirurgia plástica é uma cirurgia e não dá pra fazer economia com saúde”, afirma.

 

“Quem quer colocar um implante precisa procurar um médico de confiança, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, fazer a cirurgia em um hospital que tenha CTI [Centro de Tratamento Intensivo] e não em clínicas, e escolher a prótese não pelo preço, mas pela qualidade do material”, recomenda.

 

G1

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