Funai diz que morte e queima de criança indígena é mentira

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Relatório da Fundação Nacional do Índio (Funai) na cidade de Imperatriz, no Maranhão, classifica como boato a notícia do assassinato de uma criança indígena de oito anos da etnia Awá-Guajá, na cidade de Arame, a 469 quilômetros de São Luís. Segundo informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). reveladas na semana passada, após ser executada por madeireiros, uma criança foi queimada e jogada em uma cova.

 

O documento é assinado pela coordenadora interina da regional da Funai de Imperatriz, Raimunda Passos de Almeida, com base na investigação de três técnicos do órgão enviados para a terra indígena Araribóia, local do suposto assassinato. “O suposto assassinato não passou de um boato infundado. Uma mentira. Nunca houve corpo carbonizado. Não houve filmagem e tampouco os índios Guajá deixaram de circular na terra indígena Araribóia”, informa a Funai por meio da nota.

 

Nas investigações, os técnicos da Funai encontram o indígena Clóvis Guajajara, apontado pelo Cimi como a principal testemunha do assassinato da criança indígena. Aos técnicos da Funai, porém, o indígena negou que tenha presenciado qualquer tipo de assassinato na aldeia Araribóia. Os técnicos também não encontraram vestígios da existência de uma cova nem do corpo da criança. A investigação durou dois dias.

Após criticar blogs e mensagens contra a Funai na internet, a superintendente do órgão em Imperatriz, disse que a morte da criança indígena foi um “verdadeiro atentado à inteligência às pessoas de bem”.

“É lastimável que a sociedade brasileira tenha sido ludibriada de maneira tão vil e levada a crer num fato inexistente que não pode ser sequer classificado como ‘brincadeira de mau gosto’. O ‘incêndio’ causado pela má-notícia na internet foi o verdadeiro atentado à inteligência às pessoas de bem”, critica. No relatório técnico, os investigadores afirmam que houve, na divulgação do episódio, “abuso da liberdade de expressão”.

O Cimi denunciou que esse suposto assassinato ocorreu em outubro do ano passado, na aldeia Tatizal. A entidade já está com uma cópia do relatório da Funai e pretende se pronunciar apenas no final desta terça-feira. Nas investigações, os técnicos Funai flagraram um caminhão madeireiro entrando na reserva indígena para a extração de madeira de forma ilegal. A entrada do veículo foi permitida por um índio Guajajara que mora na região.

 

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