Resenha: No filme “Agamenon, o Repórter”, só faltou Bussunda

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Dessa vez, os Cassetas não pouparam ninguém. O primeiro-ministro britânico Winston Churchill, o Papa João Paulo II, O presidente norte-americano Kennedy e sua esposa, Ronaldo (em uma cena onde Bussunda, falecido em 2006, fez falta), Einstein, Freud e tantos outros.

O humor politicamente incorreto pode deixar alguns espectadores descontentes, mas eu, como sou um fã do estilo, apreciei.

A história é mais ou menos assim: Agamenon (Marcelo Adnet  e Hubert Aranha) é um jornalista maluco e sem caráter que viveu todo o século XX e entrevistou várias personalidades importantes. Em sua vida, se apaixonou por Isaura, que é tão infiel quanto ele. A película vai mostrando suas grandes entrevistas e os momentos históricos dos quais participou.

Logo no começo, várias personalidades dão depoimentos sobre o jornalista, que utiliza uma máquina de escrever nos dias de hoje, na redação do jornal “ O Globo”, do Rio: Jô Soares, Fernando Henrique Cardoso, Caetano Veloso, Nelson Motta e outros falam com serenidade sobre o mesmo, como se mencionassem uma pessoa real.

Pedro Bial interpreta ele mesmo, como documentarista da história de Agamenon e acaba “revivendo” momentos reais de sua carreira, como quando cobriu a queda do muro de Berlim. Piadas satirizando o Big Brother também não faltam.

 

Talvez para o público sem muito conhecimento histórico, algumas esquetes talvez não funcionem muito bem, como as com a esposa de Hitler, Eva Braun e todas as outras envolvendo a II Guerra Mundial, mas mesmo assim, dá para rir. Luana Piovani faz o papel de sua esposa e sua atuação é apenas regular, se destacando mais por suas curvas. Marcelo Madureira não aparece muito no filme, mas atua como sempre fez no programa.

“As Aventuras de Agamenon: O Repórter” faz piada até com os atentados de 11 de Setembro de 2001, quando o protagonista e sua amada se encontram em uma das torres atingidas por um dos aviões naquela manhã.

Segundo o diretor Victor Lopes, o filme não tem um público-alvo específico. As personificações de figuras históricas, como Getúlio Vargas, João Gilberto e Paulo Coelho e Hitler estão muito boas. Muitas piadas certamente beberam da fonte do clássico do humor britânico Monty Phyton, como cena que mostra como seria escolhido um novo papa, com cardeais brigando em um ringue, além de um vendedor passando e gritando: “Olha a hóstia, na minha mão é mais barata”.

De certo Marcelo Adnet rouba a cena, sendo mais engraçado na maior parte do tempo que o próprio Hupert. Talvez o filme seja uma prévia do que o novo programa dos “Cassetas” traga em 2012, com um humor mais ácido, resgatando um pouco do que eles traziam ao público tanto como roteiristas da TV Pirata, como no antigo programa, dos anos 1990.

 

Nota: 8,0

Trailer:

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