Senador reclama: “Político no Brasil é muito mal remunerado”

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Ainda não foi desta vez que o brasileiro se viu livre de trabalhar duro para custear o pagamento de 14º e 15º salários pagos a deputados federais, sem desconto de Imposto de Renda. Por causa da pressão da sociedade, isto acabará sendo aprovado, mas não sem reclamações de alguns mais inconformados , como o senador Ivo Cassol (PP-RO), que nesta terça-feira (20) pediu vista do projeto que acaba com a regalia, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Cassol reclama que ganha pouco e exige que os senadores que votarem a favor devolvam os salários extras que receberam até agora.
Ele é filho do senador Reditário Cassol (PP-RO), seu suplente, que no mandato foi para a tribuna defender o uso de chicote em presidiários que se negarem a trabalhar para sustentar suas famílias ao invés de ficar pendurados no auxílio reclusão.

“O político no Brasil é muito mal remunerado! Tem que atender o eleitor com pagamento de passagens, remédio, é convidado para patrono e tem que pagar as festas de formatura porque os jovens não tem dinheiro”, declarou o indignado membro do Senado.

Ao ser questionado que esse papel de atender aos carentes é do Estado e o político o faz por troca de votos, ele discordou: “Se for alguém bater na sua porta pedindo uma Cibalena você vai negar? O político não faz isso só por barganha de votos. Eu faço por uma questão humanitária. Tenho certeza que uma zeladora aqui da Casa ganha muito mais que vocês jornalistas.”

Ao vê-lo discutir com os profissionais da imprensa do lado de fora da comissão, o senador Lindberg Faria (PT-RJ), relator do projeto, tentou argumentar: “Essa ajuda de custo fazia sentido lá atrás quando os senadores se mudavam com suas famílias para Brasília. Isso não existe mais!”

Cassol ainda se defendeu, dizendo não ser “vilão”: “Mas eu quero me inteirar melhor do projeto. Quando me perguntaram se eu concordava com o 14º e 15º salários sem imposto de renda, eu disse que o dinheiro que estava na minha conta certamente era legal. Não sou o vilão da estória. O senador que votar contra aqui , pelo fim do benefício, vai ter que provar que devolveu tudo que recebeu”, respondeu.

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