Jacareí recebe nesta segunda-feira (30) e terça-feira (1º de maio), às 16h, no Pátio dos Trilhos, o projeto “Um Caminhão para Jorge Amado”, uma realização do Ministério da Cultura, e que faz uma homenagem ao centenário do escritor baiano (1912-2001).
O Projeto Um Caminhão para Jorge Amado trata-se de um grande caminhão adaptado, que se transforma em palco e transporta o público para o universo mágico da literatura e teatro.
“Nosso objetivo é contribuir com a democratização da Cultura e da Literatura. Este ano é um momento muito especial porque comemoramos o centenário de Jorge Amado, célebre escritor baiano e o Projeto recebeu da Fundação Casa de Jorge Amado o Selo que inclui a iniciativa entre as comemorações oficiais do centenário”, explica Flávia Nascimento, coordenadora do Projeto.
O Caminhão contempla todas as faixas etárias com dois clássicos do autor: a peça Capitães da Areia, voltada para o público adulto, e O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, para o público infantil.
Espetáculos – O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá será apresentada na segunda-feira (30), às 16h. A peça infantil foi escrita na década de 1940. O texto, um presente de Jorge Amado para seu filho, é uma história de amor. Uma fábula, na verdade, sobre o amor impossível de um gato solitário, bravo e mal-humorado por uma jovem, gentil e bela andorinha.
A fábula se desenrola num bosque, ao longo das quatro estações e tem como testemunha um variado grupo de animais com suas características “tão humanas”. Ao desenrolar da trama, os personagens passam por conflitos e relacionamentos que ajudam a causar reflexões nos espectadores, como por exemplo, a tolerância, a importância do respeito às diversidades, o cultivo de boas relações.
Já Capitães da Areia será apresentada na terça-feira (1º de maio), às 16h, e conta a história de meninos de rua na Bahia da década de 1930. O texto, publicado originalmente em 1937, poucos meses após a implantação do Estado Novo – regime ditatorial que durou até 1945 – foi considerado subversivo e censurado. Livros chegaram a ser queimados em praça pública. A mensagem da obra continua atual e expõe um problema ainda muito presente nas grandes cidades brasileiras: a questão das crianças de rua.