A greve na Santa Casa não tem hora para terminar. É o que dizem os funcionários que, debaixo de uma barraca improvisada, protestam pedindo melhores condições de trabalho.
A auxiliar de enfermagem Maria Lúcia afirmou que os funcionários não receberam nenhuma garantia de melhoria, e que, com as condições atuais é impossível de se trabalhar. “Falta medicamento, roupa de cama. Tem paciente que traz roupa de cama de casa. É lamentável”.
Os funcionários pedem melhoria imediata na estrutura do hospital, cesta básica de R$ 150 e aumento salarial de 20%.
“Ninguém veio aqui conversar com a gente. Só mandaram a Polícia Militar ficar aqui, como se a gente fosse bandido. Mas não tem problema, eles devem estar aqui para proteger a gente mesmo”, afirmou a aulixiar.
Outro lado- O secretário de Saúde de Jacareí Antonio de Paula Soares afirma, que as negociações de reajuste salarial estão sendo realizadas por meio do Sindhosfil (Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo), o qual tem a competência para tratar de reajuste salarial, aumento de valor de cesta básica, adicional noturno, entre outros assuntos. Durante as negociações, uma desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho do Estado sugeriu o reajuste de 6,45%. As negociações continuam e a Santa Casa de Jacareí deverá acatar o que for acordado.
Em relação as demais reivindicações do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde, o secretário disse que o Comitê Gestor da Santa Casa está “aberto ao diálogo”. Na última segunda-feira (30) o Comitê Gestor do hospital encaminhou um ofício ao Sindicato solicitando que o mesmo agendasse uma nova reunião, mas com uma comissão formada por três pessoas.
Sobre a reclamação de falta de roupa de cama, a Santa Casa adquiriu três enxovais por leito.