Metalúrgicos da General Motors decidem: se não houver acordo, haverá greve por tempo indeterminado

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Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos aprovaram, em assembleia, realizada nesta quinta-feira, dia 24, as propostas apresentadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos à montadora, na reunião de ontem. Em votação, eles decidiram que, caso a GM não aceite chegar a um acordo com o Sindicato, haverá greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, dia 28.

Com a greve, os trabalhadores pretendem pressionar a presidente Dilma Rousseff para que assine uma Medida Provisória proibindo que empresas beneficiadas por incentivos fiscais realizem demissões. A GM, assim como todo o setor automotivo, foi beneficiada pelo Plano Brasil Maior, que inclui a redução de IPI para veículos.

A negociação com a GM será retomada no próximo sábado, dia 26, a partir das 10h. Na última reunião com a GM, o Sindicato apresentou uma proposta com sete itens, condicionados a novos investimentos na fábrica e garantia de que não haja demissões.

No dia 26, termina o acordo que colocou os trabalhadores em layoff (suspensão do contrato de trabalho) e suspendeu o plano de demissão em massa.

No ano passado, a GM anunciou que pretendia demitir 1.840 trabalhadores e fechar o setor MVA (Montagem de Veículos Automotores). A empresa abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que já teve a adesão de mais de 300 funcionários.

Hoje a fábrica possui 7.500 trabalhadores e produz os modelos Classic, S10 e Blazer, além de motores e transmissões.

Desde o início das negociações, o Sindicato vem tentando contato com a presidente Dilma para que tome medidas concretas em defesa do emprego, mas até agora nada foi feito pelo Governo Federal.

“Se não houver acordo com a GM, a responsabilidade pelas demissões será da empresa e também da presidente Dilma. A GM não está em crise, vendeu muito em função da redução de IPI e, mesmo assim, quer colocar na rua 1.500 pais e mães de família. Não vamos aceitar isso. A presidente não pode ficar simplesmente assistindo a essa grave situação e não tomar nenhuma providência. Vamos exigir que o governo federal se posicione a favor dos trabalhadores e que as demissões sejam proibidas”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros.

 

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