A General Motors anunciou nesta sexta-feira, dia 16, o fim da produção do veículo Classic na planta de São José dos Campos. A medida vai contra o acordo assinado em janeiro com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que previa a produção do carro até 31 de dezembro deste ano e a consequente manutenção de 750 postos de trabalho no setor MVA (Montagem de Veículos Automotores).
O Sindicato considera lamentável essa decisão e vai exigir a manutenção do acordo. Todos os trabalhadores do MVA estão em licença remunerada desde o dia 5 de agosto e deveriam retornar ao trabalho no dia 26. A montadora, entretanto, prorrogou a licença até o dia 30.
“O Sindicato já deixou claro para a GM que não aceitará o rompimento do acordo. Vamos procurar os governos federal e estadual, vamos à justiça, mas, principalmente, vamos mobilizar os trabalhadores para impedir essa medida”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.
Na próxima quarta-feira, dia 21, será realizada uma assembleia, às 10h, com os trabalhadores da GM, na sede do Sindicato para discutir as estratégias de luta contra o fim da produção do Classic e as consequentes demissões.
Ao contrário do que a GM argumenta, o Sindicato defende que a produção do Classic em São José dos Campos é economicamente viável e não existe motivo para que seja transferida para a Argentina, como foi dito pelo diretor de assuntos institucionais da GM, Luiz Moan, na reunião de hoje. A GM afirmou que deixará de produzir o veículo na cidade por razões econômicas. Até agora, a fábrica de São José produzia 150 veículos Classic por dia.
Uma nova reunião entre GM e Sindicato já está marcada para o dia 23, às 8h, no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José dos Campos para discutir o assunto.