Arquivo Público retrata rios paulistas em exposição cartográfica

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O Arquivo Público do Estado de São Paulo abre no próximo dia 7 de outubro, a partir das 17h30, a exposição ‘O tempo e as águas: formas de representar os rios de São Paulo’. A mostra que terá duração de cinco meses, estará em cartaz no piso térreo do prédio do Arquivo  e será oficialmente aberta logo após o encerramento do Seminário Internacional Geotecnologias, História e Meio Ambiente, e tem curadoria da diretora do Núcleo do Acervo Cartográfico do Arquivo, Janaína Yamamoto; da professora da USP (Universidade de São Paulo), Dra. Iris Kantor e dos professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Dr. Janes Jorge e Dr. Luís Ferla. O nosso principal objetivo é divulgar o acervo do Arquivo Público do Estado que é extremamente rico em produção de mapas do final do século XIX ao início do século XX. São mapas importantes para o planejamento do Estado e até para a formação dos municípios. Para a exposição, buscamos fontes cartográficas que trabalharam estas questões”, declara a curadora, Janaína Yamamoto.

A exposição contará com 25 mapas, sendo três deles desenvolvidos por uma ferramenta de Tecnologia da Informação, como o software livre gvSIG. Esse tipo de programa permite que as informações de mapas antigos sejam sobrepostas aos mapas modernos, em diversas camadas, abrindo possibilidades inéditas de aprofundamento de pesquisa.

Esta evolução, aliás, já está sendo concretizada no próprio Arquivo Público do Estado de São Paulo, através do trabalho do Grupo Hímaco (História, Mapas e Computadores) – iniciativa conjunta com a Universidade Federal de São Paulo, e que, atualmente, trabalha  em um projeto de estudo das enchentes na cidade de São Paulo no período de 1870 a 1970.

A produção de mapas sempre foi uma atividade dominada pelo poder público, e o Arquivo guarda parte significativa do acervo cartográfico do Governo Estadual. Com esta documentação, é possível mostrar a complexa relação entre a hidrografia, as necessidades do povoamento da época colonial e a urbanização acelerada que aconteceu no século XX.

Todo esse caminho foi pontuado por transformações profundas nos rios, causadas pela ação humana. Devido à urbanização e à industrialização, a bacia hidrográfica da capital mudou radicalmente no século passado. Essa evolução pode ser acompanhada nos mapas da cidade, plantas urbanas e mapas dos rios como o Tietê e o Tamanduateí, expostos no Arquivo Público.

Outra história que pode ser contada através da cartografia é a da expansão da economia paulista para o Oeste do Estado. Antes de colonizar a região, foi necessário conhecê-la e mapeá-la. Essa era a tarefa da CGG, Comissão Geográfica e Geológica, criada em 1886, e que organizou várias expedições pelos sertões do Oeste. Em seus mapas, os rios ocupam lugar de destaque, inclusive porque a CGG estudava a sua navegabilidade. Fotos e cadernetas de campo da Comissão estão em destaque na exposição, além de um cenário que permite às crianças posarem para fotos como “exploradores do rio perdido”.

Os visitantes de O Tempo e as águas… também poderão ver  projeções elaboradas com o auxílio de geotecnologias, como o sistema viário de São Paulo ou o Rio Tamanduateí em diversas épocas. A mostra também tem espaço reservado para o público escolar, do Ensino Fundamental I (Ateliê Exploradores do rio perdido, às terças-feiras) e do Fundamental II e Médio (Ateliê Ver ou Ler: trabalhando com mapas, às quintas-feiras). Essas atividades serão divididas em duas partes: o contato com os documentos cartográficos e a visita à exposição propriamente dita (para visitas das escolas, veja mais informações abaixo).

Serviço:

O tempo e as águas: formas de representar os rios de São Paulo – Exposição de Cartografia no Arquivo Público do Estado de São Paulo. Abertura da exposição em 7 de outubro, às 17h30, no foyer do Arquivo. A partir do dia 8 de outubro, de segunda a sábado, das 9 às 17h.  Visitas de escolas podem ser agendadas

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