Jules Bianchi segue em estado grave no Japão

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O domingo foi movimentado pelo lado esportivo, e não por uma causa nobre como foi a eleição aqui no Brasil. O Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 tinha tudo para ser uma prova onde as Mercedes dominam e continuam sua caminhada para saber quem seria campeão, mas o acidente do francês Jules Bianchi, da Marussia, a 10 voltas do fim da prova, mudou todo esse panorama.

Após escapada e batida leve do alemão Adrian Sutil, da Sauber, a bandeira amarela foi acionada apenas no local de seu acidente e um trator guindaste entrou na área da pista (região da área de escape) para retirar este carro, juntamente com alguns fiscais. Durante este resgate, Bianchi perde o controle na pista molhada de Suzuka justamente naquele ponto, e em torno de 203 km/h atinge o trator que estava ali, passando literalmente por baixo do veículo de mais de 5 toneladas, fazendo seu carro se decompor em milésimos de segundos.

Da maneira que ele bateu, sua cabeça sofreu boa parte do impacto, provando traumatismo craniano grave, o deixando inconsciente de imediato. O socorro foi acionado e tão logo foi percebida a gravidade do acidente, a bandeira vermelha foi acionada e a prova encerrada.

Devido ao mal tempo no Japão no momento do socorro, Bianchi foi levado de ambulância para o Hospital Geral de Mie, onde passou por cirurgia de mais de 3 horas devido a grave lesão cerebral. Informações oriundas da Sky Sports, da Europa, dão conta que seu estado continua grave após a cirurgia, e ele respira com ajuda de aparelhos.

Nenhum boletim médico oficial foi divulgado até o momento. O hospital esta aguardando a chegada dos pais de Bianchi para tomar qualquer decisão. FIA e equipe Marussia seguem a mesma decisão e também não divulgaram notas com grandes detalhes de seu estado.

A chuva mais forte em Suzuka pode ser uma das causas da perda de controle de Bianchi, assim como a batida de Sutil. Porém não se pode culpar ela pelo grave acidente, mas sim à FIA e até mesmo a montadora Honda, dona da pista e promotora do evento. Em primeiro plano a FIA tentou adiantar a largada com medo do forte tufão Phanfone chegar ao local da prova com seus ventos de mais de 150 km/h e chuvas torrenciais. A Honda não permitiu esse adiantamento com medo de perder público. Ai já temos um primeiro erro.

No decorrer da prova, o tempo fechado e a hora passando fazia com que a visibilidade fosse muito, mas muito abaixo daquilo que se pode dizer aceitável para uma corrida de automóveis, sendo eles monopostos. Mas o erro capital foi colocar um elemento estranho na pista (trator) sem a devida segurança para os pilotos, que seria o Safety Car. Com isso, a redução da velocidade seria maior, e praticamente nada demais ocorreria até a total retirada do carro de Sutil do local.

Resta por enquanto a torcida para que Jules saia de seu estado grave bem e sem maiores sequelas. No demais, fica a cargo da FIA mas principalmente dos próprios pilotos tomarem uma posição para as próximas corridas. Erros assim não podem acontecer novamente, sob ameaça de outro valor caro como o de Bianchi ter de ser pago…

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