A peça Em Nome do Pai será encenada nesta sexta e sábado (14 e 15), às 21h, no Pátio dos Trilhos. A encenação, ao ar livre, tem como temática a exclusão social. Com os destinos “traçados pela intolerância humana”, os moradores de rua Maneco, Manuela e Gorda dividem espaço na calçada de uma metrópole. O cotidiano do trio é alterado pela chegada de Vitória, criança recém-nascida abandonada numa caçamba de lixo e encontrada por Manuela.
Em Nome do Pai é beneficiado pela LIC (Lei de Incentivo à Cultura) da Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu e apoio da empresa Cápua Projetos e Construções Ltda., por meio da renúncia fiscal. O texto e direção são de Claúdio Koca. E no elenco estão a atriz Ariane Nery, Gutho Pelógia e Patrícia Lima.
O autor — Cláudio Koca é natural Jacareí. Influenciado por autores como Jorge Amado, Nelson Rodrigues e Plínio Marcos, estudante de teatro há 30 anos, Koca é ator, diretor, cenógrafo e iluminador. E agora “aventura-se” na dramaturgia, na busca de uma linguagem própria. Ele se autodefine como “inquieto, inconstante e geminiano de carteira”. “Encontrei nas artes a minha filosofia de vida e assim tento melhorar o mundo à minha volta”, confirma.
Crítica – Para o dramaturgo Luiz Alberto de Abreu, “Em nome do Pai” é um texto repleto de qualidades, uma das quais é a teatralidade que um bom encenador tem obrigação de revelar na montagem. Ainda segundo Abreu, a peça é marcada pela “humanidade e poesia e conduzida com segurança e bons diálogos”.
“É um texto muito simples e que faz um retrato real e honesto do desamparo feminino num sistema que empurra as mulheres para o último limite da classificação social se elas não contam com algum valor de troca como beleza e juventude ou se ousam confrontar com a moral estabelecida. Não é um texto onde a ação predomine, com acontecimentos e peripécias”, avalia o dramaturgo.