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Um ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema de gestão que integra os vários recursos de uma empresa, de qualquer porte, de tal maneira que o compartilhamento das informações entre os vários setores se torne mais eficiente e rápido.
Essa é uma questão crucial para a sobrevivência de qualquer empresa. Com o uso irrestrito de novas tecnologias na área de gestão, as empresas necessitam de recursos que permitam a seus executivos manusearem com eficiência as informações estratégicas (financeiras, de mercado, de tendências etc) para, em seguida, tomarem decisões. Além disso, a legislação, principalmente a tributária, exige a adoção de ferramentas computacionais que agilizem, por exemplo, o processo de registro e de arrecadação de impostos e a necessária transparência do processo.
Para as grandes empresas, públicas ou privadas, há soluções por meio de sistemas de grande porte, os quais englobam praticamente todos os setores do negócio, o que envolve recursos entre aquisição, implantação e manutenção da ordem de centenas de milhares de dólares.
Apesar desse investimento significativo, é possível relacionar uma série de casos em que a dificuldade de customização desses sistemas, ou seja, sua adaptação à realidade de cada empresa, permite até que a eficiência deles seja questionada, quando o processo de implantação não passa pelos procedimentos recomendados de preparação da equipe e de motivação entre outros.
Para empresas de pequeno, e mesmo para as de médio porte, soluções milionárias não são compatíveis com sua capacidade de investimento. Ocorre que essas empresas muitas vezes têm um relacionamento comercial com as grandes empresas, o que exige a disponibilidade de acesso eficiente às informações, transformando-as efetivamente em parceiras de negócios, com o compartilhamento de projetos, planejamentos de médio e de longo prazo, certificações e outras iniciativas que consolidam essa parceria.
Segundo o professor Pedro Quina, Consultor e proprietário da Azul Informática, “no mercado mundial as marcas SAP, BAAN, ORACLE, PEOPLESOFT, J.D EDWARDS e SISCORP se destacam, enquanto no mercado nacional, TOTVS/MICROSIGA e DATASUL detêm boa parte dele. Hoje podemos contar com um software ERP Open Source como por exemplo, o Adempiere”.
É nesse momento, crucial para a sobrevivência das pequenas e médias empresas, que surge a necessidade da compatibilidade entre os sistemas de gestão. O objetivo final é poder acessar e disponibilizar dados referentes à administração da produção, estratégica de logística e outros, por meio de sistemas integrados, envolvendo ainda a adoção de critérios de qualidade, gestão ambiental, saúde e segurança do trabalho e responsabilidade social.
As empresas de menor porte sempre se utilizaram de recursos informatizados desenvolvidos em sistemas proprietários (programas desenvolvidos especificamente) ou outros de pequeno porte, disponíveis no mercado, que, no entanto, não contemplam a necessária compatibilidade com os ERP´s adotados pelas grandes empresas.
Com tais circunstâncias a busca por soluções compatíveis (tanto sob o ponto de vista tecnológico quanto sob o ponto de vista da capacidade de investimento) torna-se fundamental para as pequenas e para as médias empresas, já que não é viável descartar a convivência e a parceria com os grandes clientes de produtos e/ou serviços.
Entre as principais vantagens da implantação de um ERP podem ser citadas a eliminação do uso de interfaces manuais; a redução de tempo/custos; a otimização do fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência); a otimização do processo de tomada de decisão e a redução das incertezas dos prazos (lead-time).
Entre as desvantagens convém citar que a utilização do ERP por si só não torna uma empresa integrada. Assim sendo, altos custos não comprovam a relação custo/benefício. Pode ser criada dependência em relação ao fornecedor do pacote, o que deve ser evitado. Também a adoção de “best practices” aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um segmento, podendo limiar a concorrência. A implantação de um ERP pode tornar os módulos dependentes uns dos outros e inserir um excesso de controle sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à mudança e pode gerar desmotivação por parte dos funcionários.
(Prof Me Roberto Cordeiro Waltz)
