Para intensificar e obter melhores resultados, é fundamental que os proprietários de imóveis colaborem com as vistorias realizadas pelas equipes da Vigilância à Saúde de Jacareí. Em alguns locais, porém, as equipes têm encontrado dificuldade para fazer a vistorias, o que pode comprometer todo o trabalho e colocar em risco a população.
De acordo com o diretor da Vigilância à Saúde, Umberto Ghilarducci, em alguns bairros os agentes de saúde estão sendo impedidos de entrar nas residências pelos próprios moradores. Obstáculos também são encontrados nos condomínios e em imóveis que estão fechados. “A maioria das pessoas que contraem a dengue têm o foco dentro da própria casa. Quando o proprietário não permite que os agentes da vigilância façam o seu trabalho, ele não prejudica apenas a si mesmo, mas toda a comunidade ”, afirma.
Segundo Ghilarducci, a fêmea do mosquito Aedes aegypti procura áreas úmidas para colocar os ovos, e dessa maneira qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro. “Ao entrar em um imóvel o agente faz uma vistoria minuciosa e pode encontrar algo que o morador não percebeu”, ressalta. Em relação aos condomínios, o diretor pede que os síndicos deixem a autorização na portaria. “Quando isso não acontece, os agentes perdem mais de 45 minutos tentando conseguir uma autorização para entrar, tempo que poderia ser utilizado na vistoria de outras residências”, afirma.
Já em relação aos imóveis fechados, o diretor pede que os proprietários dessas residências deixem a chave com vizinhos ou procurem a Vigilância à Saúde para solicitar a visita. Ele explica que a eliminação de criadouros nos imóveis é de responsabilidade de seus proprietários. “Se o morador tomar os cuidados devidos e eliminar os criadouros, vai contribuir para o controle da doença.”
Entre as ações da Vigilância à Saúde está o mapeamento dos bairros – ação fundamental para a realização de um cronograma que norteia as visitas dos agentes e permite que todas regiões sejam vistoriadas. Durante as visitas aos imóveis os agentes realizam orientação sanitária, eliminação de criadouros e quando necessário a aplicação larvicida em criadouros fixos, ou de difícil remoção.
O Departamento de Vigilância à Saúde também recebe denúncias. Os munícipes que encontrarem imóveis fechados com suspeita de criadouros do Aedes aegypti, o mosquito causador da doença, devem solicitar vistoria pelo telefone 0800-163010.