A criptografia é o método utilizado pra codificar e proteger mensagens. É usada há milhares de anos e como a maioria das tecnologias, surgiu no âmbito militar, sendo usada de forma a substituir as letras das palavras. Para ficar mais claro, o que acontecia era o seguinte: O remetente escrevia uma mensagem e para que os seus inimigos não pudessem entender, pulavam a posição correta das letras.
Assim, bastava que o receptor da informação conhecesse esse “mecanismo” para poder ler a mensagem. No entanto, se um intruso também tivesse posse desse mecanismo, poderia efetuar o processo para decifrar a mensagem, caso capturasse os dados criptografados.
Bom, basicamente, a criptografia visa codificar a mensagem de modo que só o emissor e o receptor consigam decifrá-las.
Na computação, as técnicas mais conhecidas envolvem o conceito de chaves, as chamadas chaves criptográficas. Trata-se de um conjunto de bits baseado em um determinado algoritmo capaz de codificar e de decodificar informações. Se o receptor da mensagem usar uma chave incompatível com a chave do emissor, não conseguirá extrair a informação.
Você já deve ter ouvido falar em chaves de 64 e 128 bits. Esses valores fazem nada mais que expressar o tamanho das chaves, quanto mais bits usados mais seguro será o código, porque quanto maior o número de bits, maior será o número de combinações e sendo assim, menores as chances de alguém descobrir a sua chave.
Nesse mês muita gente ficou curiosa com a informação dada pelo aplicativo WhatsApp, de que agora em diante as mensagens enviadas seriam criptografadas.
O que isso significa é que a partir de agora você irá se comunicar de forma segura por causa da criptografia ponta-a-ponta que como o nome já sugere, protege todo o trajeto entre as pontas da comunicação (emissor e receptor) de uma conversa. Com isso ninguém, nem mesmo o aplicativo deve ser capaz de interferir na conversa e obter o conteúdo compartilhado, como fotos, áudios e vídeos.
Essa codificação das mensagens também é feita por meio das chaves, já citadas. Além disso, o processo é invisível e não exige nenhuma ação por parte dos usuários, pois as chaves são recebidas e utilizadas automaticamente.
Mesmo assim, existem riscos. Invasores ainda podem ter acesso mesmo que agora tenha um pouco mais de dificuldade e o WhatsApp pode manter registros das chaves em seus bancos de dados, já que eles têm total acesso.
Obs:O texto não reflete, necessariamente, a opinião do NJ