Copa 2022 – Messi para a posteridade

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Que o camisa 10 argentino é um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos acho que ninguém duvida, mas a rivalidade e (por que não?) uma pontinha de inveja por não termos um jogador do mesmo nível faz com que alguns brasileiros insistam em ter má vontade com o craque. Depois do que ele fez no jogo contra a Croácia (sim, a mesma que nos eliminou) fica difícil sustentar a torcida contra!
Não importa qual a motivação do espectador para assistir uma partida de futebol, o que esse moço vem fazendo na Copa é obra-prima! Próximo do que Maradona fez no México em 1986.
Sabe aquele papo de pai ou avô quando diz que viu Pelé e Garrincha jogarem, que aquilo sim era futebol? Então, certamente falaremos desse jeito sobre o Messi para os nossos filhos e netos.

Tire seu sorriso do caminho

No dia 22 de novembro, terceiro dia da Copa, a Argentina estreou com uma derrota improvável para a Arábia Saudita e fez os especialistas ficarem atentos à possibilidade da turma do Messi nem passar da primeira fase. Duvidavam da competência do técnico Scaloni em obter êxito com sua equipe que chegou como uma das favoritas. Em Buenos Aires um brasileiro infiltrado na multidão “albiceleste” fazia chacota com a dor dos nossos hermanos.
Um dia depois, também às 7 da manhã, Croácia e Marrocos fizeram um dos piores jogos da primeira fase. Os especialistas apontavam as duas seleções entre as decepções do torneio.
Os mesmos especialistas aplaudiram o segundo tempo do Brasil contra a Sérvia e enalteceram a capacidade do nosso técnico em melhorar a equipe. A maioria se animou com a possibilidade do hexa.
Hoje, engenheiro de obra pronta, lembrando isso tudo, só consigo justificar esse “plot twist” com a certeza de que o mundo dá voltas e em alta velocidade numa Copa do Mundo! Alguns especialistas em futebol são muito precipitados e erram bastante.  Quanto a nós, pobres torcedores, vamos nos especializando em lidar com as nossas frustrações a cada quatro anos. Como na clássica canção do Nelson Cavaquinho, só nos restou pedir para os desacreditados semifinalistas tirarem seus sorrisos do caminho para passarmos com a nossa dor.

O que esperar da final

Mais do que um jogo entre os dois melhores times do torneio, a final da Copa do Catar terá um embate entre dois craques de gerações diferentes. Messi é um gênio, mas é a sua chance de um último grande feito, sua última pincelada num quadro que já está entre os melhores no museu do futebol mundial. Mbappé foi campeão do mundo em 2018, mas ainda tem muito tempo pela frente para novas conquistas. Talvez até seja o sucessor do argentino.
Os franceses caíram de produção desde as quartas de final. Mas temos que levar em conta que Inglaterra e Marrocos foram adversários mais duros que Holanda e Croácia. Ainda assim, os argentinos estão melhores a cada jogo, desde a segunda rodada! Messi nunca esteve tão bem acompanhado na seleção como agora. Jovens como Julián Alvarez dão o tom da qualidade dessa nova geração dos nossos vizinhos.
A ver como se comportarão nesse jogo que promete! Os argentinos têm leve favoritismo segundo os especialistas. A única certeza é que teremos um novo tricampeão mundial no domingo.

A Copa merece ter um Messi

No último texto citei uma provocação filosófica do professor Mario Sérgio Cortella e afirmei que não deveria torcer para a Argentina numa possível final. Agora evoco outra provocação filosófica, aquela do extinto comercial da Tostines (jovens deem um Google): “o Messi merece ter uma Copa do Mundo ou a Copa do Mundo merece ter um Messi”? Dadas circunstâncias, pelo bem do futebol, admito… Prefiro o Messi que o Mbappé!

 

Andrey Cardoso é Psicólogo, idealizador do Podcast Lembrei e aficionado por Copa do Mundo.

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