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DIVERSIDADE MELHORA O DESEMPENHO DA EQUIPE OU GERA MAIS CONFLITOS?
A diversidade no ambiente de trabalho sempre foi uma bandeira, não só da inclusão social, mas também da possibilidade de trabalhar com equipes mistas a fim de alcançar resultados superiores. A ideia é que a diversidade seja uma ferramenta para promover um ambiente mais criativo e de maior assertividade no trabalho, a partir de um número maior de alternativas provenientes de pontos de vista distintos.
Realmente, esta estratégia é comprovadamente eficaz, além de “politicamente correta”; porém, pode ocorrer um reverso no resultado e ao invés de se encontrar soluções práticas e rentáveis pode-se criar um ambiente de conflitos e inimizades, prejudicando o rendimento de toda a equipe.
Isso acontece, principalmente, por falhas na gestão e administração do grupo, a partir da montagem do mesmo, que deve ser coerente com as expectativas e os objetivos de trabalho, balanceando as diferenças e similaridades de cada indivíduo da equipe.
Vários são os fatores que possibilitam que essa falha se acentue. Em primeiro lugar, uma empresa que pretende ter uma equipe diversificada, necessita que sua política interna incentive e dê abertura a essa diversidade, para que haja coerência com o proposto e o esperado do grupo.
Outra questão fundamental é que a liderança desse grupo esteja bastante atenta e conduza de modo harmonioso e sem privilégios ou preferências a integração e participação de todos, dando a cada um a possibilidade de se expressar da mesma forma, dar opiniões e apresentar alternativas.
Estudos mostram que diferenças baseadas em categorias sociais aparentes (como raça, etnia, sexualidade e idade) têm maior probabilidade de afetar negativamente o grupo, pois é entendido que este conjunto de diferenças foca estereótipos e preconceitos, levando a situações de constrangimentos e conflito entre membros da equipe.
Esses estudos também revelam que diferenças não-visíveis (como personalidade, educação e experiência profissional) tendem a melhorar a performance do grupo, ainda que gerem conflitos de opinião, estes são positivos, desde que não se estendam a questões de valor, que neste caso, podem gerar descompromisso e insatisfação pelo trabalho realizado.
De toda forma, uma coisa é certa, ao menos que as equipes mistas superem os efeitos prejudiciais de suas diferenças, principalmente com relação aos membros minoritários, não terão foco e capacidade de se dedicarem a solução do problema de modo eficiente e assertivo.
Por tudo isso, o papel do líder é fundamental, é ele que irá empregar a integração social da equipe e ser o facilitador, fortalecendo a diversidade, concentrando o grupo em elevados objetivos coletivos, em vez de fixar metas pessoais.
É claro que cada equipe tem sua dinâmica própria e ainda há muito a se aprender sobre as sutilezas do comportamento das pessoas que trabalham em equipe, mas fica evidente que o caminho só pode ser encontrado se for procurado e para isso é preciso praticar esse convívio, procurando sempre, transpor dificuldades que surjam por conta das características distintas, sem com isso, eliminar a singularidade dos indivíduos e o valor que trazem para o grupo.
Além do que, por mais que tenhamos afinidades, somos muito diferentes uns dos outros…
