Rock in Rio-Eu fui!

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Olá Pessoal!

 

Hoje, aproveito o espaço para contar um pouco do que vi e vivi no primeiro dia de Rock in Rio, pois não posso deixar de lado esta experiência única. Só consigo escrever a coluna 12 horas após chegar em casa, após uma maratona de 36 horas.

O meu diade Rock in Rio começou na meia-noite de sexta-feira(23), quando parti de São José dos Campos, em ônibus de excursão, para o Rio de Janeiro. Uma maluquice: dormir mal justamente na noite que antecede um dia puxado de maratona, na cidade do rock.

Ao chegar no Rio às 6hs da manhã, primeiro grande desafio: encontrar um lugar menos longe para parar, pois os bolsões para ônibus de turismos ficavam incrivelmente longes e o acesso ao evento era feito somente através de ônibus da organização, nossa opção: deixar o ônibus em um posto de gasolina e irmos a pé até o local do evento. Foram 5 km de caminhada, em aproximadamente uma  hora.

Chegada aos portões da cidade do rock 9hs da manhã com abertura prevista apenas para as 14hs e o que fazer? Ficar na fila, de preferencia na sobra e descansar (ou melhor não se cansar) para aguentar o dia que ainda estava começando.

Para quem pretende ir, se prepare, pois o trânsito no bairro da Barra da Tijuca está horroroso. As opções para chegar lá são o taxi caro, o ônibus lotado e a caminhada longa. Você escolhe.

Depois de cinco horas “bem descansadas”, em baixo de muito sol na Cidade Maravilhosa, os portões se abrem e a entrada é tranqüila e sem tumulto, com os funcionários e os seguranças da cidade do rock sendo muito educados, prestativos e bem humorados (afinal tudo era novidade e o trabalho deles estava apenas começando).

 

A largada de shows do dia seria dada pelo pessoal do Moveis Coloniais de Acaju, com atraso de 30 minutos no Palco Sunset, mas este não foi um problema para pequeno publico na cidade do rock, naquele momento.

O Palco Sunset, uma uma ideia que surgiu durante a edição do evento em Lisboa, trouxe boas surpresas nesta tarde como Ed Motta, Adreas Kisser e Rui Veloso e um repertório de Clássicos dos Rock e uma empatia incrível de Sandra de Sá e Bebel Gilberto. Nada disso foi o suficiente para tirar a atenção do publico que fazia fila para os brinquedos existentes no local do evento. Muita gente ficou mais de uma hora na fila da roda gigante e dobro disto para ir na tirolesa e percorrer 200 metros por cima da plateia do palco mundo. No final da tarde, uma forte ventania chegou ao Rio, o que fez ser interrompido as atividades da roda gigante e da tirolesa por motivo de segurança.

Aproveitando o tempo entre um show e outro, é hora de aproveitar para conhecer os estandes das patrocinadoras do evento que distribuíam todo o tipo de brindes… desde poltronas infláveis na claro, passando por caixinhas de metal no Club Social até repelente de inseto … tinha de tudo …

Na RockStreet tinha de tudo: cartomante, mágicos, malabares, caricaturistas, além de claro muita música. Os shows começam e terminam do nada, tudo muito bem ensaido para parecer algo espontâneo. Funcionou direitinho, eu garanto.

Curtir 12hs de show exigia preparo físico, mas agüentar as filas requeria muita paciência, principalmente quando estas eram para comer ou beber algo, nas varias lanchonetes espalhadas pela cidade do rock. Um verdadeiro “mar de filas”.  E depois de enfrentar a fila não podia ter dó de gastar:o  clássico chopp é vendido entre R$ 6,50 e R$ 7 – o copo de cerca de 400 ml. O velho e bom x-burguer sai por R$ 7, mesmo preço de um milkshake. O cachorro-quente básico está sendo vendido por R$ 6, enquanto que os sanduíches naturais custam R$ 8,50, em média. O copo de água com 300 ml sai por R$ 2,50. Quem quiser um mate paga R$ 4.

As 19hs, com muitos fogos e um vídeo lembrando as edições anteriores do Rock in Rio, começa o evento oficialmente no palco mundo. Em seguida surge a imagem de Freddie Mercury (1946 – 1991), cantando “Love of My Life” nos telões e lembrando a apresentação do Queen na primeira edição  do festival em 1985. Após isto, aparece então Milton Nascimento ,fazendo uma parceria com o publico e Freddie, no telão. Sem dúvidas um momento emocionante.

Na sequencia Titãs e Paralamas, começam os shows efetivamente com dois sucessos das duas bandas: primeiro “Óculos” dos Paralamas, e depois “Sonífera Ilha” , dos Titãs. A Orquestra Sinfônica colaborou e ganhou destaque em “Comida”, e Maria Gadú foi ao palco, para cantar “Lourinha Bombril”. Ao fim, tinha certeza que só este espetáculo já valeria tudo que tinha passado para estar  lá , foi um momento recompensador.

Depois de uma abertura formidável, sobe ao palco com muitas caras e bocas e ótima forma física, Claudia Leite. Ela fez de tudo, , mas não conseguiu empolgar com um show se identidade, já que se propôs a fazer um show bem eclético e que conseguiu ser mais chato do que é normalmente. Mesmo assim, houve quem se propusesse a pular e fingir que estava adorando.

Com meia hora de atraso, começou o show da norte-americana Kate Perry, até ali não sabia o que esperar. Ao longo de 1h20 de apresentação, a californiana mesclou em 11 músicas grandes sucessos da sua ainda curta carreira. Com as incessantes trocas de figurino, Kate conseguia transformar em show. O ponto que provavelmente vai marcar sua passagem pelo Rock in Rio, foi dividido com o sortudo Júlio Salvo, de Sorocaba, que ao ser convidado pela cantora a subir no palco tascou inesperadamente um beijo pertinho de boca de Salvo, deixando até o rapaz sem ação.

 

Após, esta sim, o furacão Kate Perry chega a vez de esperar por Sir Elton John. Conhecido por sua pontualidade, o britânico entrou em cena 40 minutos depois do previsto para sua apresentação. Desta vez,  nada de dezenas de troca de roupas, pirotecnia ou vôo pelo palco. Simples e direto, Elton John mostrou que continua em forma e proporcionou um show sem erros, focado em seus sucessos. Apesar disto, é inegável que Elton esfriou o público presente, ainda mais depois da apresentação empolgante de Katy Perry. Talvez esta tenha sido a razão da inversão da apresentação com a Rihanna, vai ver que os organizadores tivessem medo de que o publico fosse embora após a cantora, deixando uma situação chata para Elton John, e pelo que vi realmente este era um risco grande. Mas no fim, o show acabou sendo um prato cheio para os muitos pais que acompanhavam a maioria dos adolescentes presentes.

O último show da noite atrasou e a demora parecia maior ainda, depois da maratona que foi atravessar o longo dia. Rihanna entrou no palco mundo no horário que deveria estar saindo, o publico cansado ameaçou uma vaia, mas foi só a cantora aparecer para esquecermos tudo e voltar a animação.

Ao contrário de Katy Perry, que apostou em um palco cinematográfico e troca seguidas de roupa, a cantora de Barbados preferiu apostar apenas na música e em sua voz. O primeiro dia de Rock in Rio terminou com uma trinca de sucessos que fez todo mundo que tinha resistido bravamente até ali esquecer o cansaço: “Don´t Stop The Music”, “Love The Way You Lie” e o seu maior hit, “Umbrella”. Com o palco cheio de guarda-chuvas, começaram os fogos de artifício de encerramento, seguidos daquela musica: “Que a vida começasse agora/ Que o mundo fosse nosso outra vez/ Que a gente não parasse mais de cantar/ De sonhar” (a melodia ainda vai demorar dias para sair de nossa cabeça).  A saída da Cidade do Rock foi tranquila, sem confusões, apesar de bastante demorada.

Depois foi só encarara os 5km de caminhada de volta para o ônibus (que parecia ser 10km depois de 14hs dentro da cidade do rock) e depois a rod. Pres. Dutra, à caminho de Jacareí. Nossa viagem só acabaria por completo as 12hs do Sábado, quando cheguei em casa, 36 horas depois de começar a aventura do Rock in Rio.

Bem, isto foi o que vi e vivi neste meu dia de Rock in Rio. Um dia pop, uma cidade como outra qualquer, com seus problemas e seus encantos e claro, um evento que vai marcar e gerar historias para serem contadas por vários dias…

E você, foi em algo dia? O que achou? Conte aqui a sua experiência?

 

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