A Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu encerra nesta terça-feira (31) as inscrições para a oficina de “Cavalinhos de Suspensórios”. Os interessados podem se inscrever na Diretoria de Cultura – praça Raul Chaves, 110, no centro.
A oficina será dividida em três turmas (10 alunos cada), às terças-feiras e quintas-feiras, das 20h às 22h, e aos sábados, das 9h às 11h. A duração é de junho a agosto. O material a ser utilizado será fornecido pela Cia. Athus Humanus.
Serão produzidas réplicas de cavalinhos que podem ser usados pendurados pelos ombros, como suspensórios. Os cavalinhos serão utilizados na peça teatral A Revolta do Sal, beneficiada pela LIC (Lei Municipal de Incentivo à Cultura), por meio da renúncia fiscal, da empresa Tarket Fademac. A estreia da peça está prevista para julho.
O Projeto A Revolta do Sal é composto de três partes: a oficina, a peça teatral e o documentário. A Revolta do Sal é um fato histórico, ocorrido nos anos 1710 , que marcou o período colonial do Brasil, e liderado por um paulista que habitava em terras do Vale do Paraíba, mas especificamente, na “Vila de Jacareí”.
História – Acompanhado de 200 índios e escravos africanos, Bartolomeu Fernandes invadiu os armazéns do Porto de Santos de onde retirou o sal estocado e o distribuiu. A ação pegou de surpresa a côrte portuguesa e toda guarda que fazia a segurança do local.
Esse conflito é tido por muitos historiadores como uma das primeiras insurgências contra a dominação de Portugal sobre o Brasil. “Não podemos considerar a Revolta do Sal um movimento emancipatório, mas sem dúvida foi um “grito” contra a dominação portuguesa”, avalia o diretor de Cultura e professor de História, Alberto Capucci.
“Há 300 anos, quando nem se cogitava a fabricação de frigoríficos, o sal era importantíssimo para a conservação da carne, além de ser muito utilizado na alimentação do gado”, diz Capucci.
Nesse mesmo período, o sal, que saía de Portugal e chegava ao Porto de Santos, era tabelado pelo Rei, encarecendo o produto e dificultando sua aquisição inclusive pelas classes mais abastadas. A medida adotada pela Coroa portuguesa e que gerou a Revolta do Sal é relatada na obra “Os Andradas”, de Alberto Sousa.
Mais informações sobre a oficina pelo telefone 3951-0710.