Processo de suposto racismo contra Alexandre Pires é arquivado

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O Ministério Público Federal de Uberlândia (MG) arquivou o processo que apurava suposta discriminação racial no videoclipe da música Kong, de autoria de Alexandre Pires, com participação de Neymar e Mr. Catra.

A denúncia foi feita pelo ouvidor nacional da Igualdade Racial, Carlos Alberto Silva Júnior, que levou o caso para a Procuradoria Geral da República na cidade mineira.

A queixa do ouvidor era que “o vídeo utiliza clichês e estereótipos contra a população negra” e que “reforça estereótipos equivocados das mulheres como símbolo sexual”.

Em nota oficial, o procurador da República Frederico Pellucci, afirmou que embora, “historicamente, a relação homem-macaco seja utilizada para desumanizar o negro, não se pode concluir que qualquer trabalho de expressão que invoque a figura do macaco (gorila) tenha, desde sempre, esse objetivo”.

A nota diz ainda que, ao analisar a letra da música e as cenas do videoclipe, o procurador entendeu que “a invocação ao gorila tem mais a ver com a virilidade do que com a negritude, porquanto não se olvida que o macaco, como expressão da origem animal do homem, é objeto de inúmeras relações quando o assunto é virilidade, fetiche, força e masculinidade”.

“Não se pode dizer que a letra da música ou seu videoclipe tiveram a intenção de atacar quem quer que seja, mas sim apresentar-se de maneira descontraída e bem-humorada, descabendo adentrar na discussão quanto ao bom ou mau gosto na escolha das respectivas expressões e cenas”, garantiu Pelucci.

O cantor Alexandre Pires, quando soube do processo tamvém enviou uma nota através de assessoria, falando sobre o caso:

“Sinto-me profundamente chocado com qualquer leitura racista ou sexista num clipe protagonizado por mim, negro com orgulho da minha cor, autor e intérprete de música romântica, sem que isso nunca tenha sido confundido com sexismo. Devemos tratar toda e qualquer brincadeira com macacos e gorilas como uma referência a ser apagada da nossa memória? King Kong, Chita, Monga, eram todos personagens com alguma leitura que não a do genuíno entretenimento?

Não me consta que meu histórico deixe alguma dúvida sobre o meu respeito à mulher ou ao negro, e a edição deste filme em nenhum momento faz brotar qualquer insinuação similar”.

Assista ao clipe




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