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Depois da continuação fraca de 2002, os fãs de “Homens de Preto” esperavam há tempos um filme que respeitasse a qualidade do primeiro de 1997. Enquanto a primeira película (adaptada da revista criada por Lowell Cunningham) mesclava com sucesso humor, ficção científica e ação, o segundo apenas foi dedicado aos efeitos especiais e à repetição de piadas.
O roteiro de Etan Cohen não foi feito de uma maneira usual.As filmagens iam acontecendo e a sequência ambientada em 1969 estava “em branco”, só sendo concluída após uma pausa na produção.
A história começa quando Boris, o Animal (Jemaine Clement) escapa de uma prisão lunar (!) e vai atrás do agente da MIB que o prendeu, K (Tommy Lee Jones). Em seu plano, ele não quer só se vingar das últimas décadas em que esteve detido, mas sim quer voltar no tempo para matar seu inimigo e impedir que sua raça alien seja extinta. Ao completar sua missão, K é apagado da história, a Terra sofre uma invasão extraterrestre e cabe a J (Will Smith) voltar no tempo para impedir este desfecho.
O simpático alienígena Griffin (Michael Stuhlbarg) é apresentado aos protagonistas para auxiliá-los em sua busca pelo bandido intergalático, ensinando-os o básico sobre viagens no tempo: se você mexe no passado, presentes alternativos podem surgir.
A ambientação da década de 1960 é perfeita, sobretudo o racismo latente da sociedade da época com os negros: J sofre isso na pele o tempo todo, recebendo olhares de desconfiança e se saindo bem com isto, gerando várias cenas engraçadas. Até um Andy Warhol (Bill Hader) “chapado” e sua famosa Factory aparecem na película.
Os ETs remetem ao imaginário da ficção de 1969: aliens com cara de peixe, com aquário na cabeça e nem as modelos escapam de ser de outro mundo.
O jovem K, interpretado por Josh Brolin, é a cópia perfeita do personagem sacramentado por Tommy Lee Jones. Ele pegou todas as suas manias, expressões faciais e trejeitos com com maestria.
A conclusão da trama pode ser vista como emotiva demais para alguns fãs de ficção científica, mas é coerente com toda a história e cria logo um elo com o primeiro filme da série.
“Homens de Preto 3” arranca boas risadas, dosando bem ficção e humor.
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