Trabalhadores da Embraer protestam e exigem avanço nas negociações pela Campanha Salarial

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Cerca de 5 mil trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos, realizaram um protesto nesta quinta-feira, dia 8, exigindo avanço nas negociações pela Campanha Salarial do setor aeronáutico.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, organizou uma carreata entre as avenidas dos Astronautas e Faria Lima, atrasando a entrada do pessoal administrativo em uma hora. A manifestação começou às 7h, na entrada do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e só terminou às 8h, na portaria da Embraer.

Foram mais de 80 ônibus que levavam os trabalhadores para a fábrica, além de carros particulares, trafegando em baixíssima velocidade.  A carreata gerou congestionamentos nas vias de acesso à Embraer,  afetando inclusive a Rodovia Presidente Dutra.

Os metalúrgicos estão em Campanha Salarial e lutam por 2,5% de aumento real de salário, além da reposição da inflação, somando 7,19% de reajuste. As negociações com o setor aeronáutico começaram há quase dois meses e a Embraer, que lidera o grupo patronal, só ofereceu 6,15% até agora.

Os trabalhadores da produção e do setor administrativo já rejeitaram a proposta em assembleias realizadas em outubro e chegaram a aprovar aviso de greve. Mesmo assim, a Embraer continua travando as negociações. A última reunião aconteceu no dia 29 de outubro.

A data-base da categoria metalúrgica é setembro e a maioria das fábricas já fechou acordo com o Sindicato. Os aumentos reais oscilaram entre 2% e 3,5%. Na General Motors, segunda maior fábrica da região, os trabalhadores conquistaram 2,7% de aumento real  mais R$ 3.250 de abono.

Os trabalhadores de todos os setores da Embraer estão bastante insatisfeitos com a proposta apresentada pelo grupo patronal. Nós sabemos que não há motivos para a Embraer tentar nos empurrar um reajuste tão pequeno, sendo que seus lucros cresceram 33% em relação a 2011. Além disso, a empresa se beneficiou com o programa do governo federal de desoneração da folha de pagamento e até financiou campanhas de candidatos à Prefeitura.  O protesto de hoje foi uma demonstração de que nossa luta vai continuar”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva.

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