Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial subiu 0,55% no mês de abril, percentual maior que o de março -0,47%-, porém foi menor do que o registrado em abril do ano passado, quando ficou em 0,64%.
Esse resultado fez reduzir o IPCA acumulado para 12 meses, ficando em 6,49%, abaixo do teto da meta do governo, que é 6,5%. Já para o mercado, a previsão para a taxa do acumulado era de 6,41%.
Dessa vez não foi o tomate o grande vilão, mas os remédios. No último mês a alta foi de 2,99%, gerando um impacto de 0,10 ponto percentual no índice total, sendo o líder na lista dos produtos que causaram grande impacto na inflação de abril. Isso se deu ao fato de uma autorização que o governo deu no dia 31 de março para reajuste no preço dos remédios.
“Individualmente os remédios foram o que tiveram maior impacto, seguido das refeições feitas fora de casa, que empataram com a alta do item empregados domésticos”, disse a economista do IBGE, Eulina dos Santos. Segundo mais informações da mesma, os restaurantes e empregados domésticos tiveram juntos o mesmo impacto dos remédios.
Os preços do grupo alimentação e bebidas diminuíram em relação a março, subiram 0,96%, contra 1,14% em março. Porém, esse foi o grupo que mais teve impacto na alta do índice, com 0,24 pontos percentuais. O tomate continua em alta com 7,39%, mas no mês de abril foi superado pela batata inglesa, que obteve 16,16%.
As únicas deflações foram observadas apenas nos grupos Transporte e Comunicação, em queda de 0,19% e 0,32%, respectivamente.