O legado da Jornada Mundial da Juventude

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Por Arildo Batista, vereador em Jacareí

Apagaram-se as luzes, fecharam-se as cortinas, fim da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mais um mega evento no Brasil de uma série de quatro. Sim, ainda faltam a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

Os contratempos foram muitos, mostrando mais uma vez nossa fragilidade em infraestrutura e o pior, em organização, mas, mesmo assim, foi um grande sucesso. Nem o tempo ruim atrapalhou os cerca de meio milhão de jovens de todas as partes do mundo que participaram desse evento.

O Rio de Janeiro amargou tristes depredações e viveu clima de guerra civil sem precedentes poucos dias antes da JMJ e se transformou num mar de gente. Pessoas que não saíram às ruas para depredar, ou reivindicar, mas para construir e agradecer.

O evento me pareceu transcender a sensibilização do povo católico e ainda que dirigida aos jovens, a população como um todo, de todas as idades, se inebriou com a presença do Papa Francisco. Figura mais do que carismática, de uma docilidade imensurável. Espero que sua simpatia tenha contagiado o clero tupiniquim, pois sou católico, meu irmão mais novo é padre e posso afirmar que muitos clérigos ainda não perceberam que a alegria no rosto tem um magnetismo capaz de atrair fiéis.

Em relação a JMJ, o que muita gente não percebeu, foi o legado deixado pela semana missionária que antecedeu o evento no Rio. A experiência, para as comunidades que receberam visitantes de outros países, será inesquecível e quem teve essa oportunidade acumulou conhecimento espiritual e cultural. Nem o curto espaço de tempo e nem mesmo a diferença entre os idiomas foram capazes de impedir uma relação de solidariedade e de comunhão na fé. O amor de Deus não tem idioma, não tem pátria e nem classe social, é universal e, portanto, sem fronteiras.

Mas, voltando aos jovens brasileiros, espero que nessa troca de experiências, eles tenham aproveitado a oportunidade de saber como estes visitantes participam da política em seus países. Digo isto porque durante visita de um grupo de colombianos à Câmara Municipal, fomos indagados pelos jovens sobre nosso sistema político. Entre perguntas e respostas, percebi uma maturidade interessante com relação à participação deles nas conquistas de melhorias para a sociedade.

O grau de conhecimento de seus direitos e deveres, o controle contínuo das ações dos políticos eleitos por eles, juntamente com as decisões dos governos, em minha opinião, são fatores determinantes para a consolidação de uma cidadania plena. Cidadania que está muito além do simples ato de votar.

Que a experiência adquirida com a semana missionária, aliada aos movimentos de emancipação nas reivindicações por serviços públicos de qualidade e moralização da política não fiquem restritas ao momento passado. Que daqui para frente esta prática seja o cotidiano da juventude, dessa maneira não tenho dúvidas que teremos um país digno de ser nossa Pátria mãe gentil!

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