Com 85% das obras concluídas, incluindo a pista de pouso e decolagem com 1.550 metros de extensão, o Aerovale, aeroporto privado situado em Caçapava, vai pedir autorização para voos internacionais. “Assim que a operação nacional estiver toda acertada, vamos começar a estruturar o pedido para voos internacionais”, disse Rogério Penido, CEO do Aerovale. Para isso, o aeroporto precisará contar com a autorização federal e uma alfândega para que as aeronaves possam pousar direto lá ao chegar de outro país ou decolar para o exterior.
De acordo com o empreendedor, este será um segundo passo em busca do mercado aeroespacial. Na próxima semana, Penido embarca para Suécia e Holanda em uma missão comercial organizada pelo Cecompi (Centro para Inovação e Competitividade do Cone Leste Paulista). O grupo de empresários vai visitar empresas como SAAB Tech, SAAB Aviation, Ruag Space e o cluster de Linköping. Depois, já na Holanda, a missão inclui visita a empresas como KMWE Precisie Eindhoven B.V., Fokker Aerostructures, Airbone Composites e outras. O objetivo é apresentar o Aerovale, condomínio e pista, como alternativa para a aproximação entre as indústrias dos dois países e as empresas aeroespaciais situadas no Vale do Paraíba.
O Aerovale começou a ser projetado há 10 anos e hoje é fruto de um investimento de 250 milhões de reais. O aeródromo já foi aprovado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e poderá operar voos executivos, em fevereiro deste ano, recebeu autorização para a exploração comercial, como aeroporto público.
A pista será cercada por hangares e um condomínio industrial/ empresarial. Dos 305 lotes disponíveis, 125 já foram comercializados. As obras em fase final para entrega do condomínio se concentram agora no asfaltamento dos acessos à pista e no terminal de passageiros. No Aerovale, vão se instalar empresas de manutenção de aeronaves, de táxi aéreo, hangares e outros. Os primeiros voos teste devem começar em breve.