Homem na Agulha ‘aterrissa’ no Pátio dos Trilhos, de quinta-feira a sábado

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colorful yarn balls with needles

Quem disse que homem não sabe tricotar? Ou que o delicado entrelaçar de linhas é coisa do tempo da vovó? Para provar que a arte do tricô e do crochê não tem idade e muito menos gênero masculino ou feminino, a dupla de artistas plásticos Luis Felipe Cambusano e Thiago Rezende criou o projeto Homem na Agulha: uma ação inusitada em que os transeuntes são convidados a participar de uma aula aberta sobre como confeccionar seus próprios cachecóis, por exemplo – aproveitando que estamos em pleno inverno.

O projeto que já percorreu várias cidades do Estado, e chega a Jacareí pela primeira vez nesta quinta-feira (18). Serão três dias (quinta, sexta e sábado) de aula aberta e gratuita no Pátio dos Trilhos, das 10h às 13h e das 15h às 18h.

Rezende conta que o projeto surgiu em 2012, quando ele resolveu aprender a fazer tricô e crochê. Além de chocar muita gente com a iniciativa, confessa que ele mesmo se “achou estranho”. “Notei que é uma arte que está se perdendo, principalmente por causa do preconceito que existe com os homens e também com a idade. Para muitos, fazer tricô ou crochê é coisa de gente velha. Eu mesmo me senti estranho quando comecei a aprender”, comenta.

Ele explica que por conta disso resolveu pesquisar mais sobre a arte de fazer tricô e crochê, e nasceu então o projeto Homem na Agulha, que o artista realiza em parceria com Luis Felipe Cambusano, que é de Jacareí. “Estamos lançando a semente. A pessoa vai aprender primeiro a entrelaçar e a partir daí pode continuar. E aquela que já sabia, mas por algum motivo parou algum dia, também vai continuar”, diz.

Para a intervenção, os artistas usam de bancada e agulhas bem mais grossas que as convencionais, que foram confeccionadas pelos próprios artistas a partir do reaproveitamento de cabos de vassoura.

Segundo Rezende, a expectativa é que as pessoas se interessem ou tenham certa curiosidade em saber como se faz o tricô e o crochê. “A ideia é que as pessoas participem quanto tempo quiserem. E a aula é tanto para quem domina a técnica de tricotar e ‘crochetar’ como para quem está curioso para aprender. Quem não sabe, a gente ensina, e quem sabe, contribui, é bem interativo”, ressalta. “Ao final costuramos tudo e fazemos uma peça coletiva”, completa.

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