
A greve na montadora Chery, em Jacareí entra em seu 23º dia, nesta sexta-feira (20), sem avanço no processo de negociação. Na última reunião entre empresa e Sindicato, ocorrida quarta-feira, a Chery recusou a proposta apresentada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – 15ª. Região.
O TRT propôs em audiência de conciliação, ocorrida dia 17, o reajuste salarial de 3,73%, renovação de todos os direitos previstos no acordo coletivo, redução no valor do convênio médico, implantação de Plano de Cargos e Salários (PCS), estabilidade de 90 dias e pagamento dos dias parados durante a greve.
Na audiência, ficou definido que empresa e Sindicato discutiriam sobre a proposta do TRT, no dia seguinte, fora do tribunal. Entretanto, a reunião terminou sem acordo.
Uma nova audiência de conciliação está marcada para o dia 31, no TRT. O Sindicato continua aberto a negociações.
A fábrica da Chery em Jacareí é a primeira da montadora fora da China. Possui cerca de 400 trabalhadores e produz os modelos QQ e Celer. Com a greve, 100% da produção permanece parada. Em dias normais, são produzidos cerca de 30 veículos por dia.
“A pretensão da Chery e das outras empresas em acabar com a garantia de direitos é de extrema gravidade e já reflete os efeitos da reforma trabalhista. A estabilidade dos lesionados é uma conquista histórica, da qual não abriremos mão”, afirma o diretor do Sindicato Guirá Borba Guimarães.
A montadora foi procurada pelo NJ, mas ninguém retornou o contato.
Parker Hannifin
Na metalúrgica Parker Hannifin, os trabalhadores estão em greve desde o dia 4. Também em Campanha Salarial, eles reivindicam a abertura de negociação. Embora a data-base da categoria seja 1º de setembro, até agora a empresa não agendou reunião com o Sindicato. A fábrica possui cerca de 270 funcionários e produz cilindros e válvulas para o setor automotivo.