“Com senha e token a pessoa pode fazer o que quiser”, diz diretor do banco sobre estelionato em conta da Câmara

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) colheu na manhã desta quinta-feira (9) o depoimento do gerente do banco Santander, Paulo Guimarães, a respeito de crime de estelionato que gerou o desvio de mais de R$ 317 mil da conta bancária da Câmara de Jacareí.

 

O diretor é o responsável pela conta bancária do Legislativo Municipal da qual foi desviado o montante de R$ 317.287,00, valor que seria utilizado para o pagamento da folha de servidores. O crime de estelionato ocorreu em 26 de setembro de 2018.

 

Durante cerca de uma hora o gerente explicou o modo de operação para realização de transações financeiras assim como o processo de averiguação do sistema de segurança do banco. Segundo Guimarães, para a realização de qualquer transação financeira é necessário a disponibilização de uma senha e de um ‘token’ – dispositivo eletrônico gerador de senhas.

 

A partir do momento que é feito o cadastro de uma senha existem pessoas responsáveis para realizar as transações financeiras da Câmara. Se a pessoa possui a senha e o token ela pode fazer o que quiser dentro do sistema”, afirmou o diretor.

 

Ainda segundo Guimarães, “quem autoriza a realização de operações financeiras é a pessoa cadastrada para fazer as transações da Câmara, tudo depende da designação que foi dada a este funcionário que opera a senha e o token”, completou.

 

Para o presidente da CPI o gerente foi enfático a respeito da operacionalização dos mecanismos de segurança oferecidos pelo banco. “O depoimento do gerente esclareceu alguns pontos obscuros referentes à utilização da senha de acesso e do token”, concluiu Paulinho dos Condutores.

 

A Comissão é formada pelos vereadores Paulinho do Condutores (PR), Fernando da Ótica Original (PSC) e Paulinho do Esporte (PSD), respectivamente presidente, relator e membro.

 

Histórico – Em novembro de 2018 a Câmara Municipal apresentou relatório de procedimentos adotados em relação ao ocorrido. No ofício, o Legislativo esclareceu as providências adotadas a partir da data do crime, com a confecção de Boletim de Ocorrência junto à Delegacia Seccional de Jacareí, em 27 de setembro, assim como apresentação de manifestação escrita por parte dos servidores que tiveram contato com a ocorrência.

 

No dia 3 de outubro a Câmara apresentou contestação administrativa junto ao Banco Santander S.A, responsável pela conta, solicitando o ressarcimento do montante desviado, assim como disponibilizou o computador que realiza as operações financeiras para perícia especializada da Polícia Civil.

 

Em 4 de outubro foi instaurado processo de averiguação preliminar, concluído em 1º de novembro, com a apresentação de relatório que apontou falhas no sistema de segurança do banco para compartilhamento de dados financeiros na conta da Câmara.

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