A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura supostas irregularidades no contrato entre a Próvisão e a Santa Casa de Misericórdia de Jacareí ouviu, na terça-feira (20), o depoimento do médico Armando Gullo, membro do Conselho Gestor da entidade entre outubro de 2014 e setembro de 2015.
De acordo com o presidente da Comissão, vereador Rodrigo Salomon (PSDB), a fase documental já está acabando, após a análise de cerca de 40 mil páginas de documentos. Ao longo dos trabalhos, também foram realizadas oitivas, onde foram colhidos depoimentos de funcionários e ex-funcionários da Santa Casa e da empresa, do Secretário de Saúde na época e de membros do Conselho Gestor do hospital.
Contudo, pela terceira vez, a superintendente da Próvisão, Meire Cristina Ghilarducci, não atendeu à convocação da CPI.
“Agora nós vamos estudar as medidas legais para ouvir o depoimento dela”, explica Salomon, “pois ela é essencial para que possamos fazer o relatório final que será enviado ao Ministério Público com as conclusões que estão sendo tiradas por esta CPI”.
Entenda – A CPI tem como objetivo analisar a execução financeira e contábil do contrato de gestão, firmado entre outubro de 2014 e setembro de 2015, durante o segundo mandato do ex-prefeito Hamilton Mota para prestação de serviços de consultoria em gestão hospitalar e recursos humanos na Santa Casa. O hospital está sob intervenção da Prefeitura desde 2003.
A dificuldade para ouvir as testemunhas do caso motivou, na semana passada, o presidente da comissão a pedir uma prorrogação de 180 dias no prazo de funcionamento da CPI.
Além do presidente, também fazem parte da Comissão os vereadores Juarez Araújo (PSD), como relator, e Paulinho dos Condutores (PL), como membro.