Amor nos tempos de coronavírus

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Muitos estão assustados, outros nem tanto, alguns lidam com a loucura da situação criando e comparti‐ lhando memes e todos nós não conseguimos ter uma conversa sem falarmos do Coronavirus. 2020 chegou sem tempo pra brincar, irmão.

As grandes crises mostram o mais bonito e o mais feio do ser humano. Acabei de ler uma reportagem sobre pessoas que acabaram com os produtos de um supermercado de luxo em SP, já que armazenar papel higiênico e filé mignon é a melhor forma de se preparar para um possível apocalipse/corona/zumbi.

Fechei o link da matéria em tempo recorde. Vai que egoísmo pega.

Uma pandemia de cada vez, por favor.

Desde que tivemos a verdadeira dimensão do perigo do covid-19 aumentei meu consumo de água, álcool em gel e preocupação com meus pais idosos, meus irmãos, sobrinhos, marido, amigos, com minha colega querida que se recupera de um problema respiratório sério, meus amigos e alunos.

Para mim nesses dias confusos nenhuma corrida histérica por suprimentos ganha em importância.

Uma amiga me disse que não se preocupa consigo mesma mas sim com seus pais. Lembram do meu comentário sobre crises e nosso lado bom e ruim?

Estamos assustados porque tudo o que ameaça a nossa fragilidade e a de quem amamos mostra a nossa impotência diante dos imprevistos mas também a nossa capacidade de união.

E acreditem, ela é enorme.

Protejam-se. Se nas farmácias o álcool em gel virou item raro não se desespere, há uma receita bacana rolando na Internet e dá pra usar aquele que você tem aí na cozinha da sua casa.

Lave bem as mãos com o sabonete cheiroso que você adora. Descanse. Tome muita água.

Explique às crianças como se cuidar, mas não as apavore. Se nós estamos ansiosos, imaginem elas.

Aulas suspensas não são férias. Não se arrisque, não ponha outras vidas em risco.

Tenha paciência com os idosos que mesmo fazendo parte do grupo de risco teimam em continuar a sua rotina.

Mostre aos que estão com medo que agora a serenidade, o autocuidado e o olhar para os que se importam com eles e para o próximo é parte importante na luta contra mais uma onda gigantesca a qual a gente vai sobreviver.

Somos maiores e melhores que prateleiras vazias e a desunião de quem só pensa em si mesmo.

Eu não sei se o amor cura, mas sinto que ele nos fortalece. E agora não há nada do que a gente precise mais.

Fiquem bem, fiquem fortes.

DéboraSConsiglio

 

 

 

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