A Prefeitura de Jacareí deu início a uma das obras mais aguardadas pela população da cidade: a construção da terceira ponte sobre o Rio Paraíba do Sul. Idealizada desde a década de 1990, quando o então governador de São Paulo, Mário Covas, doou ao Município parte do terreno necessário para a implantação, a terceira ponte está saindo do papel com recursos do contrato de financiamento externo firmado entre a Prefeitura e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
O objetivo da implantação da terceira ponte, juntamente com a duplicação da Avenida Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco e da interligação da Avenida Engenheiro Davi Monteiro Lino com o Parque Meia Lua, é oferecer uma interligação viária direta entre as Regiões Leste, Oeste e Norte (Meia Lua), sem passar pela região central.
“Além de reduzir o tempo de deslocamento de usuários de transporte coletivo e de motoristas entre a Região Leste, a mais populosa, e Oeste, onde se encontra a maior parte do parque industrial da cidade, o novo eixo viário formado por essas três obras reduzirá, significativamente, os congestionamentos na região central da cidade, principalmente em horários de pico”, destaca o secretário de Governo de Jacareí, Celso Florêncio.
Mobilidade e qualidade ambiental – Conforme o projeto executivo, a ponte está inserida numa avenida de 970 metros de extensão em pista dupla, com duas faixas de tráfego. Ao longo de seu trajeto, está prevista a implantação de rede elétrica subterrânea, iluminação pública em LED e pista de ciclovia interligada com as demais e as novas ciclovias da cidade, entre outros elementos.
Além de obedecer a padrões modernos de mobilidade, acessibilidade, segurança e eficiência energética, uma das maiores preocupações do projeto é a preservação ambiental, neste caso, o Rio Paraíba do Sul e suas matas ciliares, patrimônio natural de Jacareí.
Assim como as demais obras, a implantação da terceira ponte atende a rigorosos critérios de qualidade ambiental, conforme atestado pelos órgãos estaduais e federais competentes, como a CETESB, responsável pelo licenciamento ambiental, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN).
“Uma das características desse conjunto de obras é o desenvolvimento sustentável. Acreditamos que é possível aliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental, como já foi demonstrado por cidades como Chicago, Seul e Piracicaba, que transformaram seus rios urbanos em atrativos turísticos. No caso da terceira ponte de Jacareí, planejamos o mínimo de corte de vegetação local e recuperação de trechos degradados como forma de compensação”, destaca o secretário.
História da terceira ponte – Há mais de 40 anos, a população de Jacareí vem debatendo sobre a necessidade de se construir uma terceira ponte sobre o Rio Paraíba do Sul, no perímetro urbano, como forma de oferecer alternativa viária aos motoristas que precisam atravessar a cidade, sem passar pelo centro.
A localização da obra foi tratada já na década de 1990, com a publicação de decreto do então governador Mário Covas, doando área de propriedade do Estado de São Paulo para a Prefeitura de Jacareí para a execução da obra. A construção da terceira ponte, inclusive, está prevista no atual Plano Diretor da Cidade (Lei Complementar Municipal nº 49/2003).
Desde então, o projeto vem sendo desenvolvido ao longo de diversas administrações, sendo efetivado neste momento, por meio do contrato de financiamento externo firmado entre a Prefeitura e o CAF.
Mais detalhes sobre o PRODUS – A construção da terceira ponte sobre o Rio Paraíba do Sul integra o conjunto de obras e intervenções previstas no Programa de Desenvolvimento Urbano e Social de Jacareí (PRODUS), que será financiado com recursos do contrato de financiamento externo firmado entre o Município e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), num total de US$ 60 milhões.
Idealizado em três grandes eixos – sistema viário, recuperação de espaços e equipamentos públicos, e macrodrenagem –, o PRODUS tem como finalidade melhorar a mobilidade urbana da cidade, aumentar a oferta de espaços públicos verdes e de lazer, requalificar espaços urbanos antes degradados e promover a macrodrenagem e urbanização do Córrego do Tanquinho.