Documentário sobre cozinheira de Jacareí concorre a prêmio internacional

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Por Larissa Gacic

O produtor Andrei Smoler Coelho, de 27 anos, morador de Jacareí, produziu um curta-metragem documental sobre Arlete Julio, uma empresária e cozinheira de Jacareí, dona de um restaurante vegetariano, que recebe o nome “Minha Mãe Fazia”. A produção pretende contar a causa de todo seu sucesso da vida profissional, usando como inspiração a mãe de Arlete. O projeto está concorrendo na Competição RODE Reels 2021, uma disputa internacional anual de curtas, com o prêmio de juri sendo 270mil dólares. Além desta categoria, ele concorre também como melhor documentário e prêmio de voto popular.

Para votar, basta acessar o link: https://www.myrodereel.com/watch/12854?fbclid=IwAR1MbwA7bCb2yvZaB4Qogcgx2AlLxeELA4EFH7Sb2XlJoYeA_unNfOFZahk

Em entrevista ao NJ, o produtor audiovisual contou sobre o desenvolvimento do curta-metragem e suas inspirações.

Andrei, quando e como você começou a se interessar por cinema e fotografia?

Andrei – Eu comecei a me interessar por cinema quando tinha 11 anos por causa de uma aula de inglês. O meu professor pediu para que fizéssemos um curta de poucos minutos em inglês. Obviamente, a produção foi muito simples. O professor com certeza não entendeu nada da história, mas aquilo foi o máximo pra mim. Dali pra frente, eu comecei a estudar mais e mais a forma. Na faculdade estudei publicidade, mas sempre trabalhei mais no âmbito audiovisual.

Como surgiu a ideia do curta e que mensagem busca passar através dele?

Andrei – A ideia do curta-metragem surgiu durante a pandemia, em 2020. Durante a quarentena, por diversas vezes eu pedi comida por delivery. Um restaurante que eu acabei pedindo várias vezes foi o Minha Mãe Fazia, um local de culinária caseira vegetariana da Arlete Julio. Um certo dia, fui buscar a encomenda no portão e comecei pensar em como o trabalho que ela estava fazendo era muito importante em um momento como aquele. Manter-se saudável é um dos passos fundamentais para prevenção do contágio, juntamente com máscaras, vacinação e etc.

Neste mesmo tempo aconteceu a morte de George Floyd. Aquilo pesou muito para mim e eu me peguei pensando em como estava ajudando ou não a tornar a minha comunidade um lugar mais igualitário. Um dia, conversei com a Arlete sobre todas estas questões e perguntei se ela não toparia ser a protagonista de uma curta documentário. Para mim fez muito sentido contar a história de resistência de uma pessoa, que no momento de maior crise dos últimos anos teve um papel importante para manter a comunidade estável.

Então marquei uma entrevista com ela e conversamos por duas horas. Ela me contou sua história, desde quando se mudou para Jacareí com três anos de idade, até o momento em que ela abriu o restaurante em 2018. Muita coisa aconteceu aí no meio, mas uma coisa que eu notei que permeava toda a história dela era a influência de que a mãe teve na vida dela, inclusive colocando o nome do restaurante como uma homenagem.

Com isso surgiu toda a abordagem do documentário. O curta se trata do legado de uma mãe. O exemplo dela possibilitou que mesmo no meio de adversidades, a Arlete tivesse as características necessárias para ter sucesso na vida pessoal e profissional. É a história do poder do exemplo. Que tipo de exemplo a gente deixa para as pessoas. Pequenos atos podem ir muito longe.

Como funciona a competição?

Andrei – Eu filmei esse documentário no final de setembro de 2020 e terminei a pós produção em 2021. Em agosto, abriu a competição RODE Reels 2021, pertencente a marca de microfones australiana Rode. Esta é uma competição anual que eles fazem para curta-metragens e aberta para praticamente todos os países. Nesta competição têm as categorias de Juri, Gênero (Drama, Comédia, documentário, etc) e Voto popular. O prêmio para o vencedor da categoria de júri é de 270 mil dólares e vários equipamentos da marca e de parceiros, enquanto as demais categorias tem o prêmio de 10 mil dólares e equipamentos da Rode. Todos os curtas precisam ter no máximo até três minutos de duração.

Os vencedores de todas as categorias são escolhidos pelos jurados, com exceção da categoria de voto popular. Esta categoria é aberta para todos votarem. No momento, eu estou fazendo uma campanha de divulgação do projeto para levar na categoria de voto popular. Tenho usado as redes sociais para divulgar o projeto.

As votações terminam no dia 18 no horário da Austrália, dia 17 para o Brasil e os resultados saem dia 30 deste mês.

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