Concerto de Choro é atração no domingo em Jacareí

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Neste domingo (7), às 11h, na Sala Mário Lago, acontece a apresentação de choro do Grupo Trinca Brasil, composto por Toninho Carrasqueira na flauta, Edmilson Capelupi no violão de sete cordas e Guilherme Sparrapan no violão, oferecendo uma experiência musical sem barreiras. As atuações deste espetáculo transpõem limites convencionais, conferindo novas nuances a clássicos da música brasileira. 

O choro se destaca pela abordagem tímbrica individualizada que cada músico confere ao seu instrumento, culminando em uma beleza musical na excelência composicional e na sagacidade dos arranjos, enriquecida pela sensibilidade e refinada técnica dos intérpretes.

“Concerto de Choro” se ergue como um monumento artístico, desafiando a homogeneização cultural midiática e estimulando o espectro cognitivo e criativo do público. O espetáculo traz alegria e leveza entrelaçadas com uma técnica impecável, permitindo ao público conectar-se profundamente com a identidade cultural brasileira.

O recente reconhecimento do Choro como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), atesta o papel de destaque do gênero musical na cultura e história do país, sobretudo no que tange à diversidade cultural brasileira.


Repertório

Suíte Retratos – Pixinguinha (Radamés Gnattali)

Suíte Retratos – Ernesto Nazareth (Radamés Gnattali)

Suíte Retratos – Anacleto de Medeiros (Radamés Gnattali)

Suíte Retratos – Chiquinha Gonzaga (Radamés Gnattali)

Bachianas Brasileiras (Heitor Villa-Lobos) – 1ª parte das Bachianas Brasileiras nº 5

Desculpe, Foi Engano (Choro) (Guerra Peixe)

Choro Torto (Álvaro Carrilho)

Crepuscular (João D. Carrasqueira)

Dia Feliz (Choro) (João D. Carrasqueira)

Canção Sertaneja (Camargo Guarnieri)

Dansa Negra (Camargo Guarnieri)

Minibiografias


Toninho Carrasqueira

Com vários CDs premiados e uma história com centenas de apresentações por mais de 40 países, Carrasqueira é desses raros artistas que navegam livremente e com a mesma propriedade pelos universos erudito e popular, tradicional e contemporâneo. Elogiado pela crítica internacional tocando a música de Bach, Mozart, Poulenc, Villa-Lobos, Guarnieri… tem gravações dedicadas a Pixinguinha, Callado, Patápio Silva, Maurício Carrilho, Guinga e outros mestres da música popular brasileira que são consideradas primorosas.

Com o Quinteto Villa-Lobos, grupo que integrou durante 15 anos, gravou quatorze CDs, dois DVDs, realizou mais de uma centena de apresentações didáticas para crianças da rede pública de ensino e recebeu indicações ao Grammy e os prêmios Rival e Carlos Gomes discernidos ao melhor grupo camerístico brasileiro. Em duo com a pianista Maria José Carrasqueira, tem uma extensa carreira internacional, que inclui uma apresentação no New York Carnegie Hall. É presença constante nos palcos e estúdios de gravação à frente de algumas de nossas principais orquestras sinfônicas e ao lado de artistas de variadas tendências estéticas, como o Quarteto de Brasília, Nelson Ayres, Mauricio Carrilho, Egberto Gismonti, Naylor ‘Proveta’, Ivan Vilela e Marlui Miranda, entre muitos outros.

Professor doutor livre-docente pela USP, universidade onde leciona, tem um livro lançado pela Edusp. Frequentemente convidado a lecionar em festivais brasileiros como os de Campos do Jordão, Ouro Preto, Curitiba e Brasília e nos cursos da Escola Portátil de Música, vem também ministrando masterclasses em universidades da Europa, da América Latina e dos EUA.


Edmilson Capelupi

Violonista, compositor, arranjador e produtor. Músico autodidata, foi influenciado desde cedo pelo pai Haroldo Capelupi, músico “chorão”, e pelas rodas de choro; a partir daí desenvolveu o gosto pela música brasileira, mais especificamente pelo choro e sua sonoridade. Além de tocar violão de 6 cordas, viola e cavaquinho, especializou-se no violão de 7 cordas. Expandindo sua carreira profissional, nos últimos anos vem atuando como compositor, arranjador, produtor e professor.

No mercado publicitário, desenvolve trabalhos como músico e arranjador em trilhas para rádio e televisão. Participou dos filmes “Cidade de Deus”, “Não Por Acaso”, “Cidade dos Homens”, “Dois Córregos” e da minissérie “Filhos do Carnaval” (HBO).

Em shows e apresentações, acompanhou Beth Carvalho, Zizi Possi, Nana Caymmi, Paulinho da Viola, Antônio Nóbrega, Zé Luiz Mazziotti, Roberto Silva, MPB 4, Paulo Moura, Alaíde Costa, Cristina Buarque de Holanda, Dona Ivone Lara, Célia, Zezé Gonzaga, Zé Renato, Hermínio Bello de Carvalho, entre muitos outros. Tem reconhecida presença no mercado fonográfico, participando constantemente em vários trabalhos de grandes nomes da MPB, destacando-se: Ivan Lins, Beth Carvalho, Toquinho, Jair Rodrigues, Jair Oliveira, Luciana Mello, Antônio Nóbrega, Toquinho, Zizi Possi, Jane Duboc, Dominguinhos, Monarco, Nelson Sargento, Demônios da Garoa, Passoca, Tom Zé.

Na área instrumental, destacam-se Altamiro Carrilho, Izaias do Bandolim, Proveta, Ricardo Kanji, Toninho Ferragutti, Toninho Carrasqueira, Heraldo do Monte, Edson José Alves. Produziu e arranjou os CDs “Nove de Fevereiro II” de Antônio Nóbrega, “Leite Preto”, “Do Meu Jeito” de Carmen Queiroz, “Direito de Sambar” de Adriana Moreira, “Perímetro Urbano” do grupo Perímetro Urbano, “Papo de Anjo” e “Sarambeque – 150 Anos de Nazareth”, do grupo Papo de Anjo, “Carlinhos do Cavaco” e “Mensagem de Bamba” de Carlinhos do Cavaco; arranjos para “Toninho Carrasqueira Interpreta Pixinguinha e Patápio Silva”, “Anjo Torto” de Carlos Henry, “Avarandado” e “Alma Cabocla” (Prêmio da Música Brasileira categoria regional 2010) de Ana Salvagni, “180 Anos de Samba Cantando Adoniran e Noel” com o grupo Vésper, MPB 4 e Roberto Silva, “Cantando para Viver” da Velha Guarda Musical Camisa Verde e Branco.

Atualmente é professor de violão de 7 cordas da EMESP, diretor musical de Antônio Nóbrega, integra o grupo “Papo de Anjo” e participa do programa “Sr. Brasil” da TV.


Guilherme Sparrapan

Formado em Regência pela Universidade de São Paulo e pelo Conservatório de Tatuí em Violão Erudito. Começou sua carreira musical estudando violão popular de choro. De seus trabalhos artísticos, pode-se destacar o trio Trinca Brasil, com Toninho Carrasqueira e Edmilson Capelupi (com o CD “Concerto de Choro” pela gravadora Paulinas); Brasilis Guitar Duo, com o violonista Edson Lopes (contemplado no ProAC de gravação e circulação de 2018); Duo Opus Brasileiro com a pianista Milena Lopes; e o Quarteto Abayomi.

A eclética formação e grande dedicação à música fazem de Guilherme Sparrapan um músico muito versátil, produzindo arranjos, trabalhando como instrumentista, compositor, pesquisador, educador, regente e orquestrador.

Confira a programação:

7 de abril de 2024 – Jacareí

“Concerto de Choro” – Sala Mário Lago às 11 horas.

R. Barão de Jacareí, 122 – Centro, Jacareí – SP, 12300-000

Entrada Gratuita (retirada do convite a partir das 10h30).


A História do Choro – Nascido no ambiente dos músicos populares e das ruas do Rio de Janeiro, o choro nunca esteve confinado a lugares e modos de tocar restritos. Circulou livremente por salas de concerto, salões e casas de família. Foi tocado por grandes instrumentistas populares, compositores da tradição oral e da escrita, por grupos regionais e orquestras. A origem do choro se deu no final do século XIX, a partir também de influências estrangeiras, e se tornou um dos símbolos da cultura e música nacionais.

Será apresentada a história e evolução da primeira música instrumental popular urbana do Brasil, surgida na segunda metade do século 19 e cuja influência se irradiou para praticamente toda a música brasileira, popular e erudita.

O objetivo desta comunicação é lançar um olhar para a história do Brasil. Mostrar como a história do choro se confunde e mistura com a história da música popular brasileira como um todo. Revelar seus mestres fundamentais, compositores e intérpretes. Sua árvore genealógica e sua presença na atualidade.

Refletir sobre os mecanismos e atuação da indústria fonográfica, perceber sua importância na formação da identidade cultural brasileira.

Na segunda parte da oficina, os músicos do trio, que também são professores, exporão seus procedimentos de trabalho e estarão disponíveis para tratar de outros temas propostos pelos presentes; interpretação, arranjos, técnica instrumental e outros assuntos.

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