Santos e Paulinho Moska- Dois campeões no final de semana

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O Melhor Time dos Últimos Tempos da Última Semana

A vitória do Santos sobre o Corinthians foi incontestável. Após o 0 x 0 do primeiro jogo, o favoritismo do time da baixada era claro, mas o compromisso do meio de semana pela Libertadores deixou alguns especialistas resignados. O que se viu em campo na final do Campeonato Paulista confirmou este favoritismo.

O Santos sobrou em campo diante de um Corinthians aplicado taticamente, mas sem força ofensiva para ameaçar a superioridade santista. Acho que o time de Parque São Jorge voou além de suas possibilidades chegando até a final, contou com o imponderável quando se classificou nos pênaltis contra o Palmeiras e só chegaria ao título se acontecesse algo parecido. Não deu! Para a alegria dos santistas e também dos palmeirenses e são paulinos (que estavam ansiosos para irem à forra), os famosos “Deuses do Futebol” premiaram a melhor equipe, só foram democráticos ao providenciarem um frango para cada lado.

Com a chegada de Muricy Ramalho, o alvinegro da Vila Belmiro ganhou consistência na marcação, mas ainda está longe de repetir o futebol arte que nos encantou no ano passado, mesmo contando com a categoria da dupla Neymar e Ganso.

Neste momento, o Santos é o melhor time do país… Pelo menos enquanto seguir na Libertadores ou até desmanchar o  time na janela do meio do ano. O Cruzeiro, até a eliminação para o Once Caldas ocupava este posto. Nosso futebol vive algo parecido com o mundo do espetáculo retratado na música do Titãs: “o gênio da última hora é o idiota do dia seguinte”; resta torcer para que os times consigam prolongar os “15 minutos de fama”.

 

Público Impublicável


Fui ao show do Paulinho Moska durante a Virada Cultural Paulista. Sou suspeito, mas posso dizer tranquilamente que foi uma das melhores apresentações que vi.

Não sei se foi uma percepção exclusiva, mas achei lamentável o comportamento de parte do público que desrespeitosamente conversava em “alto e bom tom” durante algumas interações do músico com a plateia e nas canções mais intimistas (voz e violão). Parecia que, além de não ligarem para a sua presença, não queriam estar ali; em alguns momentos ouviu-se um sonoro “xiiiii” de outros incomodados.

É uma demonstração clara da nossa perda da capacidade de contemplação, comum em tempos tão “acelerados”. Atualmente, desenvolvemos o péssimo hábito de disparar nosso arsenal de palavras antes mesmo de ouvir o que está sendo dito, paira uma ideia de que a reflexão é uma ação solitária e a solidão faz mal, daí a necessidade de falar (imediatamente) sobre o que se sente. Acho também que muitos não estavam ali de fato, estavam na próxima parada, na balada, no bar ou onde quer que fosse a continuação da noite… Triste prática também comum atualmente, viver em outro tempo; futuro ou passado, nunca o presente.

De fato fiquei constrangido, estranhei o público aparentemente interessado no evento se comportando como se estivesse num barzinho.

Devagar

Aceleramos o passo com a mesma obstinação de um maratonista, sem considerar a sutil diferença entre as linhas de chegada.

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