Vereadores de Campinas cassam mandato de prefeito do PT

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A Câmara Municipal de Campinas (SP) cassou o mandato do prefeito Demétrio Vilagra (PT) na noite desta quarta-feira. É o segundo prefeito da cidade cassado em quatro meses.

O impeachment foi aprovado por 29 votos a 4. Diferentemente da cassação de Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), em 20 de agosto, não houve comemoração no plenário, mas gritos de “golpistas” e “covardes”. Eram aliados do petista dirigindo-se aos vereadores.

O petista foi alvo de uma comissão processante que o acusou de quebra de decoro por considerar que ele integrou um esquema de corrupção, inclusive nas seis vezes em que assumiu interinamente a prefeitura, enquanto era vice de Dr. Hélio.

A comissão contra Vilagra foi motivada por uma investigação do Ministério Público, que o acusou de receber R$ 20 mil em propina no suposto esquema. Ele nega.

Em sua defesa, o petista fez propaganda de ações que realizou nos quatro meses em que esteve à frente da administração e disse que a investigação não apresentou nenhuma prova contra ele.

“Essa é uma investigação cheia de falhas. Sou vítima de interesses pessoais, de briga eleitoral”, disse Vilagra.

O relatório da comissão foi lido durante dois dias pelos vereadores na Câmara.

Líderes de bairros e membros do PT eram a maioria entre as pessoas que compareceram para ouvir as manifestações dos vereadores, e com frequência gritavam: “Deixa o homem trabalhar”.

O advogado de Vilagra anunciou que vai recorrer da decisão.

O presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT), vai assumir a prefeitura em mandato-tampão. A Justiça Eleitoral deve ser consultada para decidir se o novo prefeito será escolhido por eleição indireta (pelo voto dos 33 vereadores) ou direta.

ESQUEMA

Vilagra foi eleito em 2008 como vice-prefeito. Ele assumiu a administração em agosto, após Dr. Hélio ser cassado. O pedetista também foi alvo de uma comissão processante, que o considerou omisso diante do mesmo esquema de corrupção.

A mulher de Dr. Hélio, Rosely Nassim Santos, foi denunciada pelo Ministério Público sob acusação de chefiar uma quadrilha que cobrava propina para direcionar licitações, o que ela nega.
Vilagra também está entre os denunciados, sob acusação de formação de quadrilha e corrupção passiva.

Ele nega ter participado do esquema e afirma que, nos momentos em que assumiu a administração, não tinha conhecimento de nenhuma forma de corrupção.

BOL

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