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Parcelar. Esta tem sido a saída da maior parte dos brasileiros, sobretudo na hora de quitar os impostos tradicionais do início do ano, tais como o IPVA.
Apesar dos descontos oferecidos ao contribuinte no pagamento à vista (cerca de 3,5 %) muitos tem optado em parcelar o imposto.
O motivo: a falta de atrativos financeiros no pagamento bruto e a inevitável tradição de parcelar, adquirida pelo brasileiro.
“O desconto á vista não é nada justo. Eu prefiro parcelar. Por mais que a dívida se arraste pelos meses do ano, não é sempre que dispomos de todo o dinheiro para pagar o imposto, que por si só, já é alto”, disse o técnico de som e vendedor jacareiense Boaz Araújo.
Grande parte da população tem uma opinião semelhante. “Parcelar não é pecado. Quem estiver com o dinheiro exato para pagar o IPVA, é muito melhor já quitar a dívida. Entretanto, não o faça apenas pelo benefício, quase invisível do desconto”, completou Ary Rocha, músico e motorista.
Janeiro tende a ser o mês com o maior número de brasileiros endividados por conta dos gastos com as festas de fim de ano e com as despesas fixas dessa época -gastos com materiais escolares e pagamento de outros impostos como o IPTU, por exemplo. Por conta disso, a tradição de parcelar tem se mantido. Mesmo assim, os economistas alertam, “Nenhuma dívida é bem vinda. Sobretudo, uma que se arraste pelos meses restantes. Alem disso, os juros tendem a ser maior. De fato, não tem nada de errado em parcelar, só não é aconselhável”, explicou o professor de economia aposentado José Santos.
Pagamento parcelado ou à vista? Dúvida cada vez mais freqüente entre os contribuintes. Seja qual for a opção escolhida, o importante é que a dívida esteja quitada no fim das contas ou no fim do mês. A escolha é sua.
