Total de transplantes mais que dobrou entre 2001 e 2011

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Ministério da Saúde informou, na tarde desta quarta-feira (8), que mais que dobrou o número de transplantes realizados no Brasil entre 2001 e 2011. A assessoria do ministério não divulgou o número de transplantes efetuados ano a ano nesse período.

De acordo com a assessoria do ministério, o percentual de aumento dos transplantes nesses 11 anos foi de 124% – de 10.428 transplantes em 2001 para 23.397 em 2011.

“Expandir o acesso ao transplante obriga a melhorar o conjunto do atendimento. Nós temos uma meta de chegar até 2015 a 15 doadores por milhão de pessoas. A nossa meta inicial em 2011 era chegar a 10. Conseguimos superar e chegamos a 11,4”, afirmou o ministro Alexandre Padilha durante entrevista coletiva em Brasília.

De acordo com o governo, o investimento em transplantes em 2011 foi de R$ 1,3 bilhão. Segundo o ministro, para este ano, a expectativa é de um crescimento de 10% em relação ao valor investido no ano passado.

“Para este ano, 10% é a meta de ampliação orçamentária. Inclusive, no ano de 2012, conseguimos criar uma rubrica específica para os transplantes. Nessa revisão que determinamos hoje, de ter novos mecanismos de financiamento de transpantes, podemos ter um incentivo pela qualidade do transplante, o que pode significar o aumento de transplantes”, disse o ministro.

De acordo com o ministério, os tipos de transplantes que mais cresceram foram os de córnea, fígado, pulmão, medula e rim. Os transplantes de córnea chegaram a aumentar 140% entre 2001 e 2011, segundo o ministério.

De acordo com a assessoria da Saúde, o Rio Grande do Norte conseguiu zerar a fila pela espera de transplantes de córnea. A expectaiva é que, em cinco anos, seja eliminada a fila em todo o país.

“O que acabou foi o tempo de espera, não as pessoas que precisam. À medida que a doação passa a ser incorporada como parte da cultura, o número de doações de córnea vai crescendo. Em Santa Cataraina já aconteceu isso. Nos próximos quatro ou cinco anos, deve acontecer em todo o país”, disse o ministro.

Estrangeiros
Durante a coletiva, o ministro Alexandre Padilha explicou os detalhes da portaria publicada no “Diário Oficial da União” desta quarta-feira que determina as regras para o transplante realizado por estrangeiros no país.

De acordo com a portaria, estrangeiros que não têm residência fixa no país só poderão realizar transplantes em casos em que o órgão doado venha de um parente vivo em até quarto grau.

“Essa portaria deixa muito claro que isso é possível. Não há disputa na fila de transplante do Ministério da Saúde. [O estrangeiro] não entra na frente de qualquer brasileiro. A portaria estabelece claramente que a doação só pode ser feita por um doador vivo e com grau de parentesco”, afirmou.

Já no caso de estrangeiros que conquistaram o visto de permanência no Brasil, como é o caso de alguns haitianos que chegaram ao Brasil pela fronteira norte do país, estes teriam direitos de entrar na fila pela espera de um órgão, assim como os demais brasileiros.

“Estrangeiros residentes entram em regras, podendo até receber orgãos de brasileitros, como o restante da fila”, afirmou Padilha.

Doações
Segundo o Ministério da Saúde, as doações de órgãos também cresceram. Em 2011, foram registradas 2.207 doações, 16,4% mais que em 2010.

A lista de espera por doação de órgãos diminuiu 23,2% em 2011 relação às 27.827 que aguardava na fila em 2010, de acordo com dados do ministério.

 

G1

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