Oficina gratuita abre inscrições em Jacareí

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A Fundação Cultural de Jacareí José Maria de Abreu está com inscrições abertas, de 2 a 31 de maio, para a para a oficina de “Cavalinhos de Suspensórios”. São 30 vagas. Os interessados podem se inscrever na Diretoria de Cultura – praça Raul Chaves, 110, Centro, informações (12) 3951-0710.

A oficina será dividida em três turmas (10 alunos cada), às terças-feiras e quintas-feiras, das 20h às 22h, e aos sábados, das 9h às 11h. A duração é de junho a agosto. O material a ser utilizado será fornecido pela Cia. Athus Humanus.

A oficina vai produzir réplicas de cavalinhos que podem ser usados pendurados pelos ombros, como suspensórios. Os cavalinhos serão utilizados na peça teatral A Revolta do Sal, beneficiada pela LIC (Lei Municipal de Incentivo à Cultura) com incentivo, por meio da renúncia fiscal, da empresa Tarket Fademac. A estreia da peça está prevista para julho.

História – O Projeto A Revolta do Sal é composto de três partes: a oficina, a peça teatral e o documentário. A Revolta do Sal é um fato histórico, ocorrido nos anos 1710 , que marcou o período colonial do Brasil, e liderado por um paulista que habitava em terras do Vale do Paraíba, mas especificamente, na “Vila de Jacareí”.

Uma busca na internet ou nos livros de história revela que essa substância branquinha como a neve, retirada do fundo dos mares, nos anos de 1710 era artigo muito valioso, pois devido à alta carga de impostos só gente muito rica podia consumi-lo. Esse motivo gerou umas das ações mais ousadas contra a Coroa Portuguesa: A Revolta do Sal, e que teve à frente o paulista Bartolomeu Fernandes, dono da fazenda “Angola”, na Vila de Jacareí.

Acompanhado de 200 índios e escravos africanos, Bartolomeu invadiu os armazéns do Porto de Santos de onde retirou o sal estocado e o distribuiu. A ação pegou de surpresa a côrte portuguesa e toda guarda que fazia a segurança do local.

Esse conflito é tido por muitos historiadores como uma das primeiras insurgências contra a dominação de Portugal sobre o Brasil. “Não podemos considerar a Revolta do Sal um movimento emancipatório, mas sem dúvida foi um “grito” contra a dominação portuguesa”, avalia o diretor de Cultura e professor de História, Alberto Capucci. “Há 300 anos, quando nem se cogitava a fabricação de frigoríficos, o sal era importantíssimo para a conservação da carne, além de ser muito utilizado na alimentação do gado”, diz Capucci.

Nesse mesmo período, o sal, que saía de Portugal e chegava ao Porto de Santos, era tabelado pelo Rei, encarecendo o produto e dificultando sua aquisição inclusive pelas classes mais abastadas. A medida adotada pela Coroa portuguesa e que gerou a Revolta do Sal é relatada na obra “Os Andradas”, de Alberto Sousa.

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