Carlinhos e Blanco não se enfrentam no primeiro debate eleitoral de São José

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No debate realizado na noite desta quarta (2) na TV Bandeirantes, com os candidatos à prefeitura de São José dos Campos, os sete participantes abordaram os problemas mais recentes do município, como a crise da General Motors e as longas filas para a realização de cirurgias.

Questionado sobre a questão da montadora de automóveis no início do primeiro bloco, o candidato Alexandre Blanco (PSDB) alegou que seu partido, através do prefeito Eduardo Cury, se concentra para evitar as demissões. Já Cristiano Pinto Ferreira (PV)  culpou o “sindicalismo radical” pelos problemas da fábrica na cidade.

O candidato do PT, Carlinhos Almeida, afirmou que acredita na revisão dos cortes, com uma união de esforços, defendendo que a atuação do mandatário da cidade não deve ser pautada por defesa de interesses. “Temos que facilitar o diálogo entre os dois, sem tomar lado”, disse.

Fabrício Correia (PSDC) se disse solidário aos trabalhadores da montadora, enquanto Gilberto Silvério (PSOL) e Ernesto Gradella (PSTU) atacaram a postura da prefeitura e do governo federal no caso.

No enfrentamento de ontem, não ocorreu nenhum confronto direto entre Carlinhos e Blanco. Quando teve a chance, em uma das rodadas de perguntas entre candidatos, o tucano dirigiu-se ao pleiteante do PSOL, sobre seus planos para idosos.

Gradella fez fortes críticas à Câmara Municipal e à prefeitura, sobre os problemas da saúde no município. “A Câmara está submissa aos interesses da prefeitura. Não há investigação dos gastos da saúde”, afirmou. O candidato do PSTU também se lembrou do episódio do Pinheirinho, criticando a atuação da Polícia Militar contra os moradores do mesmo. Sobre violência urbana, Fabrício Correia defendeu uma postura mais tranquila. “Vamos criar uma cultura de paz em São José, desde cedo nas escolas”.

 

O problema das filas de espera por cirurgias também foi criticado com ênfase por Carlinhos. “De imediato, vamos fazer mutirão para zerar a fila. É inaceitável que em uma cidade rica, com alta tecnologia, uma pessoa ter que esperar um ou dois anos por uma cirurgia. Vou cuidar pessoalmente da saúde”, disse.

Sobre empregos, Blanco afirmou que tem orgulho da instalação de algumas empresas na cidade, como a TIVIT (que presta serviços de telemarketing para a Vivo). “Os empregos são rotativos e dão muitas oportunidades”, alegou.

Ao discorrerem sobre a questão da habitação, Cristiano Pinto Ferreira e Alexandre Alwan (PSB) se comprometeram a regularizar os bairros clandestinos de São José em quatro anos.

Já Gilberto Silvério, do PSOL, manteve um tom comum às bandeiras do seu partido, quando falou sobre os salários do prefeito e da Câmara. “No meu governo, é a população que vai definir quanto deve ganhar o prefeito”, afirmou.

 

O candidato Alexandre Blanco ficou em uma saia-justa quando foi perguntado se ele era candidato apenas por ser enteado do deputado federal Emanuel Fernandes (PSDB). “Atuei oito anos como secretário da juventude, tenho experiência. Temos um legado ético do PSDB aqui na cidade”, disse.

Também passaram por momentos de tensão Cristiano e Carlinhos. O primeiro, quando foi questionado sobre ter ausentado da Câmara, apresentado licença médica e publicado, na internet, uma foto na praia. “Sou um ser humano. Meu médico havia dito para eu parar”, afirmou.

Já Carlinhos foi perguntado sobre o julgamento do mensalão. “Vivemos em um país com fortes instituições democráticas e temos certeza que o STF tem condições de julgar de forma mais correta (o mensalão). No meu governo não haverá mensalão, nem do PT, nem do DEM, nem do PSDB, como o mineiro ou de Goiás”.

O debate, que foi realizado nos estúdios da TV Band Vale, em Taubaté,  mobilizou dezenas de militantes dos partidos.

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