Dirigentes sindicais da General Motors da Alemanha, Espanha, Colômbia, Argentina e Brasil participam na próxima semana, nos dias 20 e 21, de uma reunião internacional em São José dos Campos. A atividade é organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e pela CSP-Conlutas.
No encontro, será discutida a situação na GM e o plano de reestruturação que vem sendo implementado pela empresa em todo o mundo, com demissões, fechamento de plantas e ataques aos direitos. A intenção é fortalecer a solidariedade internacional, em especial aos trabalhadores da montadora em São José dos Campos, e planejar ações conjuntas.
A programação prevê visita e atividades em fábricas metalúrgicas, na terça-feira, dia 20, e a realização da reunião na quarta-feira, dia 21, no Hotel Dan Inn. Entre os participantes da atividade está um dos dirigentes sindicais da CGT da Espanha.
“Este encontro é uma forma de fortalecer a luta dos trabalhadores da GM em todo o mundo, já que os ataques da montadora não são apenas em São José dos Campos. O plano de reestruturação da empresa tem causado milhares de demissões, precarizado as condições de trabalho e reduzido direitos em todos os países onde atua. Por isso, decidimos realizar esse encontro internacional e mostrar para a GM que a luta em defesa do emprego e dos direitos é de todos nós”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates.
Sindicato volta a Brasilia
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos estará em Brasília, na próxima segunda-feira, dia 19, para uma reunião com representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Secretaria-Geral da Presidência da República.
No encontro, o Sindicato voltará a cobrar medidas efetivas do governo federal para proibir as demissões na General Motors. Desde que tomou posse, a presidente Dilma Rousseff vem beneficiando o setor automotivo com subsequentes reduções de IPI.
O Sindicato propõe que a presidente assine uma medida provisória proibindo demissões em empresas beneficiadas por redução fiscal e que realizem importações, como é o caso da GM.
“Já fomos diversas vezes a Brasília para reivindicar medidas em favor dos trabalhadores, mas até agora não tivemos uma resposta concreta. Por isso, além de negociar, continuaremos com mobilizações e atividades para pressionar empresa e governo”, afirma o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.