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Pressionados pelo bloqueio das contas bancárias, diretores do grupo Iesa/Inepar, responsável pela Safedem, vieram a Jacareí na última sexta-feira, dia 1º, para discutir com o Sindicato o atraso nos pagamentos de salários e direitos.
O bloqueio das contas aconteceu por determinação da Justiça, após ação movida pelo Sindicato em razão do atraso no pagamento dos salários e direitos dos trabalhadores desde outubro. O valor total da ação é de R$ 2,5 milhões e o pagamento não foi efetuado pela empresa.
Na reunião foi discutida a possível venda de um terreno de 150 mil metros quadrados da empresa que está bloqueado na Justiça também por ação movida pelo Sindicato. Neste caso, pelo atraso no pagamento de FGTS, INSS e verbas rescisórias, que já totalizam mais de R$ 92 milhões.
Representantes da Prefeitura e da Câmara Municipal também participaram da reunião.
“A mobilização dos trabalhadores teve uma vitória importante, com os diretores da fábrica vindo até Jacareí para negociar. Mas isso ainda não garante o pagamento dos salários e direitos. Por isso a vigília continua”, avalia o diretor do Sindicato, Nilson Ferreira Leite.
Assembleia
Nesta terça-feira, dia 5, o Sindicato faz uma assembleia, às 8h30, na porta da fábrica, com todos os trabalhadores e demitidos da Sadefem, com salários e direitos em atraso.
A Sade possui 346 trabalhadores que estão com salários atrasados desde outubro. A vigília na fábrica completa dois meses no próximo dia 5.
Auxílio da Prefeitura
Após ato realizado na semana passada, a Prefeitura de Jacareí decidiu auxiliar os trabalhadores da Sade com a doação de 100 cestas básicas.
Prefeitura e Câmara também se comprometeram a procurar o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), a Bandeirante e Caixa Econômica Federal para discutir os casos de atraso no pagamento das contas de água, luz e prestação da casa própria. A ideia é evitar despejos e cortes dos serviços.
