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Os metalúrgicos da Sadefem/TT Brasil, de Jacareí, realizam, nesta terça-feira, dia 5, uma assembleia decisiva para o futuro de fábrica. A assembleia acontece na porta da empresa, às 8h, e colocará em discussão a continuidade da luta contra o fechamento da fábrica em Jacareí.
Em reunião com o Sindicato nesta segunda-feira, dia 4, representantes da Sadefem confirmaram o fechamento da fábrica, a demissão dos 346 trabalhadores e o parcelamento das verbas trabalhistas em seis vezes. Equipamentos e máquinas ficariam como garantia do pagamento da dívida.
O Sindicato defende a permanência da produção e dos empregos na fábrica, com a quitação total dos débitos. Mesmo com a proposta da empresa, ainda restaria um passivo trabalhista de R$ 80 milhões a serem pagos, referentes a FGTS e INSS.
Na assembleia será proposto que os trabalhadores continuem a vigília em defesa do emprego.
Ainda segundo a proposta da empresa, os trabalhadores lesionados e com afastamento pelo INSS seriam transferidos para outras unidades da Sadefem/TT Brasil. Estes trabalhadores têm estabilidade garantida pela Convenção Coletiva da categoria.
Na última semana, foram pagos os salários e vale-alimentação atrasados de novembro a janeiro e o 13º. A empresa pretende incorporar os salários de fevereiro como aviso prévio das verbas rescisórias.
“O único motivo para a Sadefem querer fechar a fábrica de Jacareí é sua ganância pelo lucro. Eles querem levar a produção daqui para outro estado, onde ganham incentivos fiscais e dinheiro do governo. Não podemos aceitar esta situação e pretendemos resistir”, afirma o diretor do Sindicato Nilson Ferreira Leite.
A Sadefem é uma empresa que pertence ao grupo Iesa/Inepar e está instalada em Jacareí há 38 anos e produz torres de transmissão de energia elétrica. A fábrica fica na Rodovia Presidente Dutra, km 162, Parque Meia Lua.
