A partir desta quinta-feira (25), e até domingo (28), o Museu de Antropologia do Vale do Paraíba recebe a exposição Presença Italiana em Jacareí, com muita música, dança e gastronomia. Entrada gratuita.
Entre as atrações estão o cantores Rolando Sterzi, Fred Rovella e o grupo Tarantella. O evento faz parte da série de exposições que a Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu vem promovendo com o objetivo de resgatar a contribuição dos imigrantes na economia e cultura da cidade. A primeira mostra foi sobre a imigração árabe, com presença marcante no comércio, e a segunda sobre a colônia japonesa, que se destaca na agricultura.
Os visitantes têm a oportunidade de saber mais sobre a imigração italiana na região do Vale do Paraíba com a exposição “Quiririm Quim Quim”, que mostra o início do processo no distrito Quiririm, em Taubaté. Também podem saborear a comida italiana e os variados tipos de vinho.
Memória – Um dos primeiros imigrantes a chegar à região do Vale do Paraíba foram os irmãos Gaudêncio e Teodoro Indiani, em outubro de 1894. Enquanto o primeiro foi direto para Taubaté, Teodoro se estabeleceu em Jacareí. “Nunca soube porque meu tio-avô foi parar em Jacareí”, comenta José Indiani, 82 anos, descendente da família Indiani e que vive Taubaté. Ele conta que cresceu ouvindo as histórias do pai, Luiz Caetano Indiani, sobre a imigração italiana principalmente no distrito Quiririm.
Além dos Indiani, em Jacareí também vieram dezenas de famílias da Itália. Uma pesquisa feita pela Fundação Cultural de Jacarehy aponta a existência de 130 sobrenomes de origem italiana. Turci, Capucci, Lippi, Carderelli, Scherma, Baroni, Berardinelli, Ceragioli, Corbani, Lamanna, Schiamarella, são alguns deles.
Segundo o diretor de Preservação da Fundação Cultural, Alberto Capucci, os primeiros imigrantes italianos que chegavam a Jacareí iam para a colônia, na fazenda Boa Vista, hoje bairro Boa Vista, e a grande maioria trabalhava na lavoura de arroz. Além do plantio, os italianos também eram responsáveis pelo beneficiamento do arroz.
Entretanto, muitos imigrantes foram trabalhar no comércio e na construção de estradas. E, segundo, Capucci, os italianos também tiveram forte contribuição nos pequenos ofícios. “Foram eles que abriram as primeiras sapatarias, alfaiatarias e bicicletarias”, diz.
Programação – Museu de Antropologia – rua XV de Novembro, 143, Centro
Dia 25 (quinta-feira)
20h – Grupo Picolla Tarantella, de Quiririm
21h – “Itália Romântica”, com Reginaldo Cordeiro, de Quiririm
Dia 26 (sexta-feira)
20h – Grupo Picolla Tarantella, de Quiririm
21h – “Uma Noite Italiana”, com Reginaldo Cordeiro, de Quiririm
Dia 27 (sábado)
20h – Grupo Picolla Tarantella, de Quiririm
21h – “Viva Itália”, com J. Santos e Carlos Alberto Melani, de Jacareí
Dia 28 (domingo)
No MAV, barraca de comida típica e exposição
20h – Baile Italiano, com Fred Rovella e Banda, no clube Ponte Preta