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A para-atleta jacareiense Miriam Amaro de Oliveira, de 47 anos, que integra a equipe de natação PCD de Jacareí, está pleiteando e deverá obter esse ano o benefício do programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte.
Miriam detém atualmente o terceiro melhor tempo do Brasil na prova dos 400 metros nado livre para atletas portadoras de deficiência, marca obtida ano passado, durante a primeira etapa da Paraolimpíada da Caixa Econômica Federal no Parque São Jorge, sede do Sport Club Corinthians Paulista. “E olha que nessa prova eu competi com meninas bem mais jovens, de 18, 20 anos de idade”, orgulha-se a nadadora que, até meados de 2011, sequer sabia nadar e tinha fobia de água. “Naquela época eu me afogava até no chuveiro”, brinca a para-atleta.
Miriam se diz confiante na obtenção da Bolsa Atleta justamente devido ao fato de ter o terceiro melhor tempo do Brasil, de 8:30’08”. “Pelo critério deles acredito que com essa marca conseguirei a bolsa sim”, afirmou. Atualmente Miriam diz que até já baixou bastante a marca, em quase dois segundos, tendo nadado os 400 metros, nos últimos treinos, em 6:40’08”.
Superação – A despeito de qualquer resultado obtido nas competições de que participa, Miriam já é uma vencedora na vida e um exemplo de superação. Ela sofreu um acidente vascular cerebral em março de 2010, o que comprometeu seu sistema motor e prejudicou sua mobilidade. Ficou bastante deprimida, até que, um ano mais tarde, soube que a Prefeitura de Jacareí estava iniciando o Projeto Paralímpico.
“Fiquei interessada, achei que o esporte poderia ser um caminho para eu seguir, uma motivação nova, e comecei a praticar natação, aconselhada pelos médicos e fisioterapeutas que me acompanhavam”, disse. “No início foi difícil, eu morria de medo de água, até chorava, mas sempre fui apoiada pelos colegas, pela família e pelos professores da Secretaria de Esportes e Recreação de Jacareí, que sempre foram muito dedicados e pacientes comigo”, afirmou.
Ainda em 2011, após três meses praticando natação, Miriam já participou dos Jogos Regionais de Pindamonhangaba e trouxe uma medalha de prata e duas de bronze. A partir disso ela conta que pegou gosto pelo esporte e pelas competições, e não parou mais. “Desde que comecei a nadar deixei de usar muletas e os aparelhos de mão e braço que usava antes; passei a me sentir muito mais bem disposta e ainda emagreci”, conta a atleta, orgulhosa.
